Saiba doenças que podem atingir seu cachorro no frio e veja dicas de bem-estar
Animais também são sensíveis às mudanças de temperatura e precisam de cuidados que vão além de roupinhas para mantê-los aquecidos no frio. A preocupação inclui alimentação, passeios e higiene. Além disso, as baixas temperaturas deixam os bichinhos vulneráveis a algumas doenças, como problemas respiratórios e viroses.
Comum nessa época, a chamada tosse dos canis provoca tosse, espirro, secreção nasal e ocular e prostração. É uma gripe, que se espalha com facilidade e com chance de evoluir para pneumonia, mas que pode ser prevenida com dose anual de vacina.
A transmissão ocorre por meio de vírus pelo ar, secreções respiratórias, contato direito com outro cão infectado e objetos contaminados. Por isso, mais de um cachorro na mesma casa pode ficar doente ao mesmo tempo. Essa gripe, porém, não atinge os seres humanos ou outras espécies.
Com o tempo seco e a proliferação de carrapatos, outro risco é a erlichiose —ou doença do carrapato. Os principais sintomas são, febre, prostração, perda de apetite e hemorragias. Como os sintomas variam de animal para animal, ela pode ser confundida com a cinomose. É uma doença que pode agir silenciosamente e atacar medula e rins lentamente.
Também há prevenção, e exames periódicos são importantes para um tratamento eficaz antes da manifestação da doença, afirma a médica veterinária Carla Berl, diretora da rede de hospitais veterinários Pet Care.
Filhotes e os cães idosos podem sentir mais os efeitos do frio. Dores nas articulações são outro problema frequente nessa época.
QUENTINHO E SAUDÁVEL
Para manter o bem-estar do amigo peludinho, o tutor deve providenciar proteção —roupa, caminha, abrigo— e evitar que ele deite direto no chão gelado. O cuidado deve ser redobrado com animais que vivem em áreas externas, já que eles ficam mais sujeitos às doenças do frio.
Horários de passeios devem ser reavaliados, para dias e horários mais quentinhos. Já os banhos podem ser mais espaçados, diz veterinário Antonio Geraldo Marquesim, da Norte Dog. “Se não for possível, melhor procurar por serviços especializados de confiança para o banho e nunca expor o animal ao choque térmico”, diz.
A rotina de alimentação não deve ser alterada. O pet deve receber refeição balanceada para aumentar a resistência, afirma o veterinário Jorge Morais, da Animal Place.
Veja dicas dos veterinários para cuidar do seu cachorro no frio:
– Alimentação – o animal pode ter mais apetite em dias frios. A rotina alimentar, porém, deve ser mantida, com a ração recomendada, até para o pet não ganhar peso. A ingestão de alimentos gelados deve ser evitada.
– Área externa – Se o bichinho fica em área externa, a dica é deixar o local bem confortável e protegido de chuva. Para deixar o bichinho mais quentinho, a dica é forrar o chão sob a caminha ou dentro da casinha e manter um cobertorzinho à disposição.
– Banho – no frio, vale reduzir o número de banhos —passar de semanal para quinzenal, por exemplo. É importante que o animal fique bem sequinho e que não seja exposto ao vento imediatamente após a higiene. Outra opção são os banhos secos, encontrados em forma de gel ou líquido e que podem ser aplicados com uma escova ou pano sobre o pelo.
– Exercícios – os animais tendem a mostrar menos disposição para atividades físicas no frio. É importante estimular brincadeiras que façam o pet gastar energia acumulada em casa; os passeios, se possível, também devem incluir brincadeiras e corridas.
– Passeios – Além disso, o tutor deve adequar o horário das saídas a períodos do dia em que a temperatura esteja mais amena. Diferentemente do verão, quando a preocupação da caminhada deve ser com o solo quente, no frio é a possibilidade de choque térmico que deve ser evitada. Por isso, é aconselhável uma saída gradual do ambiente quente até a rua.
– Roupinhas: embora algumas raças são mais tolerantes ao frio devido à pelagem, roupinhas são bem-vindas em todas as ocasiões -para aqueles que ficam em casa, acostumados a sair diariamente ou que tomam conta de quintais. O agasalho deve ser reforçado –e confortável– para animais de pelo curto, mas os de pelo longo também podem precisar de proteção. Escolha a roupinha certa para o seu animal —capinhas funcionam melhor para animais de pelagem longo, já que embaraçam menos os pelos.
– Vacinas – manter o calendário de vacinas em dia é fundamental. Doenças mais comuns no frio, como a tosse dos canis, também pode ser evitada com dose anual. Além disso, o tutor deve evitar locais com muitos animais durante os passeios, devido à aglomeração e proliferação de bactérias.
DOAÇÃO
Muitos bichinhos que vivem nas ruas e abrigos não têm uma caminha quentinha ou um cobertor para se proteger no frio.
ONGs e protetores fazem constantes campanhas do agasalho para tentar dar um pouquinho de conforto a esses animais. A doação de uma mantinha a um desses grupos que atua na sua região pode fazer um cãozinho mais feliz.