Ainda em tratamento, cão agredido no ES deve ter alta neste mês
Atualização – 07/09/2016 – Ambrósio, o cachorro agredido no ES, ganha novo dono
Ambrósio, o cachorro que foi agredido em Cachoeiro de Itapemirim (ES), deve ter alta ainda neste mês. Em seguida, o cão será encaminhado para adoção.
O bichinho permanece sob os cuidados de uma clínica particular da cidade. Ele ganhou plano de saúde, e a Petsalut afirma que custeará o tratamento até o final –a previsão é de que Ambrósio precise acompanhamento por aproximadamente um ano.
Já há interessados em ficar com o cachorro, mas o processo deverá ser coordenado pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). De acordo com informações da empresa de saúde, em CPI realizada no mês passado ficou decidido que ele não poderá ser adotado por pessoas que morem próximo à sua ex-dona, flagrada nas agressões.
AGRESSÃO
Imagens publicadas nas redes sociais mostram o cachorro preso a uma corda enquanto apanha, no final de julho.
Ele sofreu lesões na cabeça e no olho e ainda tem limitações motoras –anda sozinho, mas o equilíbrio foi afetado. Além disso, Ambrósio teve diagnóstico positivo para a doença do carrapato.
No dia 19 de agosto, cão e a ex-tutora se reencontraram em uma sessão da CPI dos Maus-Tratos contra os Animais, realizada na Câmara da cidade. Na ocasião, a aposentada Cremilda da Silva Conceição admitiu ter cometido um crime, mas disse não se lembrar de que aconteceu.
Questionada pela deputada Janete de Sá (PMN), presidente da CPI, a mulher confirmou ser a dona do animal e afirmou que o espancamento aconteceu porque teve um surto.
O cão foi levado à sessão a pedido do médico veterinário Marcos Lesqueves, que está cuidando dele desde a agressão. “Ficou comprovado que o cachorro agredido é um animal dócil e tem se recuperado da injusta agressão que sofreu”, disse a deputada na ocasião.
Ela afirma que irá sugerir no relatório final que Cremilda seja condenada a prestar serviços em ONGs.
“O que mais nos comoveu foi o fato de, apesar de brutalmente espancado, Ambrósio não apenas reconheceu a ex-dona como também balançou o rabinho, perdoando-a”, escreveu em rede social a ONG Patas de Rua, que acompanha o caso.