É uma relação com respeito, amor e empatia, diz tutor; conheça pais de cachorro

Estar sempre juntos. Mudar a rotina de viagens porque o cachorro tem medo de fogos. Adaptar o espaço de trabalho para incluir o bichinho no dia a dia. Assim é ser pai de pet.

O Bom Pra Cachorro, que já mostrou histórias de mães de cachorros, depoimentos de pais e relatos de leitores, mostra mais duas famílias formadas por cães e humanos, para marcar este Dia dos Pais.

Com nome de bruxo da saga Harry Potter, o galgo afegão Dumbledore, 3, tem dois pais: Rodrigo Iezze e Henrique Foizer, ambos de 32 anos. O cãozinho, que se juntou à família quando tinha apenas 50 dias, acompanhou a dupla em viagens a trabalho por 55 cidades brasileiras, em mais de 15 estados.

Dumbledore ama pelúcias, banana e adora rolar na areia da praia. Recentemente, ganhou um irmão gato. “Com o amor que ele tem por gatos, nos ensina diariamente a conviver com as diferenças e mostra que amor é a unica ferramenta”, diz Rodrigo.

Já Bob e Marley são os filhos de Luiz Higa Jr., 35. Os goldens acompanham o comerciante para todo lado: na hora de cortar o cabelo, reuniões de trabalho, compras e até na hora do crossfit.

O tutor diz que tem buscado cada vez mais lugares pet friendly, para manter a proximidade com seus cães. “Minha preocupação no dia a dia é conciliar a rotina do trabalho com a deles”, afirma.

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Rodrigo Iezze e Henrique Foizer, 32, gestores de uma escola de beleza itinerante e pais do Dumbledore, “um galgo afegão de 3 anos e taurino”

Desde o primeiro encontro sentimos a paternidade em nossa relação com ele.

É um cãozinho que ganhamos em nossas viagens pelo Brasil. Ele tinha 50 dias apenas, era um puro saco de ossos. Estávamos em trânsito numa turnê pelo Mato Grosso, e foi tudo tão rápido que tivemos que comprar um carro velho no meio da jornada para poder levar ele conosco.

Infelizmente, Dumbledore foi um bebê que nasceu numa dessas fábricas de filhotes, e seus pais eram explorados. Então, desde o começo, fizemos todos os esforços possíveis para que ele fosse apenas um cão feliz, mesmo a raça sendo utilizada em concursos de beleza, ou sendo conhecida como “raça de madame”. Não poderiamos deixar que ele se tornasse um cão comercial, que vendesse a raça ao invés da sua personalidade.

Foram dois anos de família na estrada. Não deixamos nosso trabalho de viagens atrapalhar a relação. Começamos a viajar com ele de carro em nossas turnês de aula. Nessa brincadeira, Dumbledore conheceu mais de 55 cidades brasileiras e passou por mais de 15 estados. Correu, se sujou na lama, na areia e na água, se machucou, quebrou, lambeu e alegrou cada um desses momentos.

Nossa relação diante toda essa proximidade se tornou inexplicavelmente mágica e forte. Simplesmente passamos 24 h por dia com ele durante todos esses anos. Ele esteve em todos os momentos e sentimentos desde o primeiro dia. É uma relação familiar estruturada com respeito, confiança, amor e empatia de todos os lados.

Desde sempre nossa maior preocupação era que ele fosse extremamente feliz, que fizesse uso das suas naturezas caninas sem eiras nem beiras, que fosse o que ele veio pra ser, um cão… sem apelo da indústria, sem transmitir a vaidade humana para ele, sem forçar ou que ele fosse refém do que nós escolhêssemos.

Mimamos diariamente com tudo aquilo que faz ele ser feliz. A raça é de uma familia de cães corredores, por isso, não existe nada que o deixe mais realizado do que poder correr livremente e sentir o vento e as vibrações da natureza.

Ele ama pelúcias, ama banana, adora rolar na areia da praia. Fomos identificando ao longo da convivência o que de fato fazia ele vibrar de alegria e desde então, o mimo que recebe, sempre foi ele mesmo que escolheu.

Vamos a festas, bares e praias, mas nos privamos se o local não permitir animais. Ele curte estar conosco. Nos mudamos para o litoral paulista para ele pudesse viver mais na praia. Três meses depois, a prefeitura determinou que era proibido animais na areia. Logo, nos mudamos sem pensar duas vezes. Nossa casa é ele quem escolhe.

Já faz três anos que só vamos a restaurantes com área externa para ele estar conosco. Nas viagens, só comíamos em drive-thru ou posto de gasolina.

Ele parece uma criança: dorme a viagem inteira no carro. Tivemos situações em que um só viajava e o outro ficava com o dog, e sempre que fazíamos chamada de vídeo, ele mesmo chegava perto por ouvir a voz do pai ausente. Sempre foi linda essa saudadezinha.

Desde a chegada dele, nunca mais participamos de nenhuma festa de Ano-Novo. À 0h estávamos sempre abraçadinhos e cuidando para que não houvesse pânico dos fogos. Dumbledore ama a vida, ama a natureza, e detesta sujeira. Hoje ele é parte de nós. Ele participa de todas as realizações e sempre mostra que dá pra ficar feliz nos momentos mais difíceis. Com o amor que ele tem por gatos, nos ensina diariamente a conviver com as diferenças e mostra que amor é a unica ferramenta. Ele sempre foi o “diferentão”, mas nunca desistiu de tentar amizades e encantar aqueles que o cativa.

 

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Luiz Higa Jr. , 3 , comerciante, pai dos goldens de Bob, 6, e Marley, 4

Considero esses dois como filhos. Sou eu quem me preocupo com a hora da alimentação, banhos, brincadeiras, passeios, toda a rotina que tenho que organizar dentro da minha rotina pra cuidar deles.

Desde pequenos, sempre estamos juntos. Levo a praticamente todos os lugares que vou. Aliás, tenho cada vez mais ido a lugares que aceitam pets.

Minha preocupação no dia a dia é conciliar a rotina do trabalho com a deles.

Bob sempre foi apaixonado por pelúcias, e esse é o presente que sempre acabo comprando pra ele. Já Marley se distrai com qualquer coisa.

Roupas usam somente em dias muitos frios.

Quando viajo, ficam em casa mesmo, pois moro com minha família e sempre tem alguém em casa, ou ficam na casa de amigos que têm golden também e que eles estão acostumados a ir sempre.

Já deixei de ir a muitos compromissos que eles não pudessem ir juntos. Eu sempre marco reuniões em lugares pet friendly para que eles possam me acompanhar. Nas festas em família, tenho ido somente naquelas em que eles também são convidados.

Eles se divertem em uma piscina ou onde tenha sujeira pra se esfregar. Adoram!!!

A dupla é bem conhecida na região, e shopping que costumamos frequentar , pelo fato de Bob sempre estar carregando a pelúcia.

Atualmente, eles são meus melhores companheiros. Vão comigo cortar cabelo, no crossfit, reuniões de trabalho e compras no shopping.