Com fogos, tutora passa Réveillon debaixo da cama para confortar cachorro; Bidu se esconde no banheiro
Quem tem animal de estimação costuma mudar a rotina para garantir o bem-estar do bichinho. No Réveillon, quando muitos animais sofrem com o barulho dos fogos, alguns tutores evitam viagens ou festas e ficam em casa para tentar dar um pouco de conforto ao pet.
A virada do ano de Camille Daiane foi debaixo da cama com seu cachorro, Tedy Correia Pancho. “Assim que começou a contagem regressiva eu já estava junto dele”, disse Camille ao blog.
Segundo ela, a família se preocupa porque o cãozinho, que completará dois anos em fevereiro, fica bastante assustado e ofegante com o barulho.
Foram menos fogos no ano passado. Mas, nesse Réveillon, o ruído aumentou perto da casa da família, em Lajedo, Pernambuco. “Assim que começaram os fogos ele já estava assustado, subiu as escadas e ficou na porta do quarto. Ao abrir a porta, ele foi correndo pra debaixo da cama. Fui atrás pra ele se sentir confortável, com menos medo”, afirma.
MENOS BARULHO, MAS AINDA COM MEDO
O cartunista Mauricio de Sousa, que suspendeu a queima de fogos em sua chácara, publicou foto de seu cãozinho Bidu, assustado com o barulho na região.
O pet, que tem o mesmo nome do cachorro azul dos quadrinhos, procurou abrigo embaixo do gabinete do banheiro. Em sua publicação, Mauricio de Sousa afirma “bombas ao longe ainda aterrorizam o Bidu”, que “se esconde, trêmulo”.
Neste ano, algumas cidades desistiram da queima de fogos ou optaram por um espetáculo silencioso em respeito a animais, idosos, enfermos e crianças.
PÂNICO E MORTE
Com a audição muito mais sensível que a dos humanos, os animais sofrem com o estampido dos fogos. Coração acelerado, salivação excessiva e tremores são indicativos de que algo não está bem. Em pânico, os bichinhos podem ter reações inesperadas e se machucar. No caso de animais doentes, o quadro de saúde pode se agravar. Podem ocorrer mortes.
Relatos de animais assustados, que se machucaram ao tentar se esconder, trêmulos e sem querer comer se espalham em rede social.
Também há relatos de cães que escaparam e se perderam durante e de mortes, como aconteceu após as comemorações do Natal.
Nina faria dois anos agora em janeiro e, segundo a publicação da tutora, não tinha medo de fogos. Mas o barulho foi tão intenso e tão perto do quintal, que a cadela não resistiu. Outros cães da família também ficaram assustados com o foguetório em Cotia (SP).