Frequência do banho deve ser reduzida no inverno; saiba cuidados com animais

Lívia Marra

Banho, roupinha e alimentação são preocupações que o tutor deve ter para manter a saúde do bichinho de estimação, especialmente no inverno. Idosos e filhotes são os mais afetados.

Além disso, no frio, algumas doenças são mais comuns, como traqueobronquite –a chamada gripe canina ou tosse dos canis. Por isso, cuidados preventivos podem garantir o bem-estar do animal.

“Imaginamos que os cães não sentem frio por serem cobertos de pelos. Porém, nem sempre isso é uma verdade. Os pelos oferecem certa proteção aos cães, mas em alguns casos não é suficiente. E varia de acordo com a raça, o ambiente no qual o animal vive –interno ou externo–, a alimentação adequada, entre outros fatores”, diz a veterinária Carla Storino Bernardes, da Cobasi.

Segundo ela, roupinhas devem ser confortáveis e são mais necessárias para raças de pelo curto, como wippet; shiba, chihuahua; beagle e bulldog. “Devemos ter cuidado no inverno, pois as roupinhas acabam sendo utilizadas para evitar doenças com o animal, e não somente um acessório dispensável”, afirma.

Cobertinhas aumentam o conforto, dentro e fora de casa. No caso dos animais que vivem em quintais, é importante deixar o abrigo longe de vento e da chuva. 

Contra  problemas de pele ou nós nos pelos, a roupinha deve ser retirada com frequência. “É importante lembrarmos que as roupas formam uma barreira na pele do animal, que tem menor contato o ar”, diz a veterinária. 

A escovação é importante, e  pelo funciona uma barreira de proteção natural para troca de calor com o ambiente. Por isso, no frio, não são necessárias tosas constantes. O mesmo vale para a frequência dos banhos.

“Os cães precisam ser bem secos, pois podem ocorrer também patologias dermatológicas devido à umidade na pele”, diz a veterinária.

Se o tutor optar por banho em casa, o ideal é usar água morna, em ambiente fechado. O bichinho não deve ser exposto a vento logo após a higiene.

ALIMENTAÇÃO 

Animais que ficam fora de casa queimam mais gordura para se aquecer no frio e, por isso, é indicado elevar a quantidade de ração oferecida em até 20%, de acordo com a veterinária. 

Mas nada muda para aqueles que ficam dentro de casa. “Ofereça alimento de duas a três vezes por dia no caso de gatos, cachorros e peixes e, no caso das aves, deixe a comida à disposição do animal.”

FILHOTES E ANIMAIS IDOSOS

Assim como humanos, filhotes e os cães idosos podem sentir mais os efeitos do frio.

Animais de até aproximadamente três meses perdem temperatura com facilidade. Dependem de abrigo e alimentos para manter o calor.

Os idosinhos podem apresentar mais doenças relacionadas à ortopedia, como dores nas articulações e na coluna.

“É importante ficar atendo ao calendário de vacinação, pois os animais idosos costumam ficar mais suscetíveis as doenças”,  afirma Bernardes.