Festival de carne de cachorro começa sob polêmica na China

Lívia Marra

Apesar de protestos e da pressão de ativistas, o festival da carne de cachorro de Yulin, na China, começou nesta quarta-feira (21). 
A estimativa é de que 10 mil cães virem comida durante o tradicional evento, realizado anualmente.
Comer cachorro não é ilegal na China, mas manifestações e petições pelo fim do festival e contra a crueldade são frequentemente realizadas. 

Em maio deste ano, protetores disseram ter recebido informações de ativistas e comerciantes sobre um acordo para limitar a venda de carne de cães. Não seria o fim do festival, mas algo temporário.

No entanto, reportagem da BBC desta quarta afirma que comerciantes não foram informados oficialmente sobre proibição e que animais mortos podem ser vistos pendurados em barracas no mercado de Dongkou, o maior da cidade.

No ano passado, ativistas até compraram cães expostos para evitar que fossem abatidos durante o polêmico festival, e houve confusão com comerciantes.

No último dia 16, a Humane Society International divulgou vídeo, a pedido de ativistas chineses, que sinaliza haver fiscalização contra a venda de carne de cachorro. As imagens, feitas no dia anterior, mostram policiais fechando barracas no mercado de Nanqiao, como parte do acordo.

No entanto, o governo Yulin disse em várias ocasiões que não pode proibir o festival, que dura dez dias,  por não ser o responsável pela organização.