Cão da Guarda Municipal do Rio se aposenta e volta a viver com antigos donos; veja fotos

Lívia Marra

Jack, 7, integrou o Grupamento de Cães da Guarda Municipal do Rio nos últimos anos e participou dos grandes eventos ocorridos na cidade, como a Jornada Mundial da Juventude (2013), a Copa (2014) e a Olimpíada (2016). Agora, o pastor alemão se aposentou e voltou a viver com os antigos donos.

De temperamento forte, o cão havia sido cedido à Guarda em 2011. Durante o período em que ficou no canil,  recebeu visitas frequentes da sua família.

Jack –Quran Bel Vilarin no registro de identificação– sempre foi querido pelos tutores, mas costumava atacar quem se aproximasse deles, em uma atitude defensiva. Foi de um adestrador a sugestão para que ele fosse encaminhado ao canil.

“Jack tem temperamento bem forte e é um ótimo cão de guarda. Após o adestramento feito aqui no Canil, ele prestou um excelente serviço e sempre pudemos contar com ele. Agora que ele vai partir, o meu coração fica mais apertado. Vou sentir saudade. Trabalhamos juntos durante todo o período que esteve conosco”, disse o guarda Flavio Lopes, amigo e companheiro de patrulhamento.

Em novembro, o pastor alemão venceu a Gincana do Canil da GM-Rio, em comemorar o dia do adestrador. Obediente, ele era frequentemente escolhido para fazer demonstrações de ataque e defesa em eventos.

Se a despedida causa saudade na Guarda, enche de alegria os tutores, que receberam o pastor alemão de volta nesta quarta (1º).

 ” É como se um filho estivesse retornando para casa após fazer um curso ou tendo passado um tempo fora. E a trajetória dele na Guarda nos encheu de orgulho também. Ele foi muito bem tratado lá e nós também sempre fomos recebidos muito bem quando íamos visitá-lo”, afirmou, segundo a Guarda, a jornalista e escritora Soraya Mussi.

APOSENTADORIA E ADOÇÃO

Apesar de ainda ser forte e cheio de vigor, a aposentadoria de Jack segue regra do Canil da Guarda, que estabelece sete anos como a idade máxima. Assim, o animal tem condições de desfrutar do merecido descanso.

Quem trabalhou com o cão tem prioridade na adoção. Mas, se o guarda não tem condições de ficar com seu companheiro de trabalho, o processo é aberto a colegas.

Se ainda assim a adoção não for concretizada, é aberta campanha ao público, e o interessado passa por seleção, análise das condições financeiras e de espaço e visitas da Guarda à casa do candidato, para adaptação entre o animal e o novo dono.