‘Não desistimos dela’, dizem donos de golden que se recupera após tumor ósseo
Em janeiro passado, a golden Luma, que mora em Belo Horizonte, começou a mancar. O raio-x mostrou uma pequena fratura e uma mancha escura. O diagnóstico veio em seguida: era um tumor ósseo.
Foi então que o casal de empresários Andrea Kfuri, 50, e Valdemar Romano, 62, começou uma corrida por veterinários em busca de tratamento.
O casal ouviu que seria necessário amputar a pata e fazer quimioterapia. “O prognóstico era de três a seis meses de vida”, diz a empresária.
Luma foi operada e não precisou amputar a pata. Hoje ainda manca, mas está bem, brinca, corre atrás de sua bolinha.
“Não desistimos dela”, afirma o casal. “Nós não desistimos de procurar uma solução para o problema que a Luma teve. E vamos continuar o tratamento enquanto for necessário.”
Não é possível saber se a golden está curada, por isso o acompanhamento médico é importante.
“Tudo que fizemos e continuamos fazendo não paga as horas de alegria, risadas, recepções alegres quando chegamos cansados do trabalho, brincadeiras que ela nos proporciona e aos nossos amigos”.
O caso lembra o de Bella, a labradora que viaja pelos EUA com o dono, Robert Kugler, após ser diagnosticada com câncer nos ossos e perder uma das patas.
Leia abaixo relato enviado pelo casal sobre a “filha de quatro patas”:
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“Em janeiro deste ano ela começou a mancar. A veterinária nos pediu um raio-x e foi constatado uma pequena fratura no osso chamado ulna, juntamente com uma mancha escura. O diagnostico foi a pior notícia que poderíamos ter: osteossarcoma, em um animal de 2 anos e oito meses –situação rara, mas ainda precisava biópsia para confirmar.
Fomos a cinco veterinários, e o diagnóstico foi o mesmo: amputar a pata e fazer quimioterapia. O prognóstico era de três a seis meses de vida. Por ser um tumor muito agressivo, fatalmente uma metástase atingiria o pulmão. Para completar, como esse tumor é raro em animal jovem, ele é muito mais agressivo do que em um animal já idoso.
Por indicação da doutora Marina –veterinária dela–, fomos à nossa última esperança: a professora Cleuza, da UFMG. O diagnóstico foi o mesmo e o tratamento também.
A primeira providência foi fazer a biópsia para confirmação do diagnóstico.
Assim que ficou pronta, fomos a uma consulta com a professora Cleuza, que é ortopedista –o primeiro anjo que apareceu na vida da Luma e na nossa–, e perguntarmos se teria a possibilidade de manter a pata, já que a Luma é meio gordinha e pesava 43 kg na época.
Ela nos disse que teria que avaliar na hora da cirurgia, que seria um desafio, mas que, se tivesse possibilidade, ela iria tentar.
Na internação para a cirurgia, chorando copiosamente, deixamos assinada a autorização para amputação. Foram quase cinco horas de cirurgia, e a professora Cleuza conseguiu manter o membro. Nossa felicidade foi indescritível! Mas ainda teria muita luta pela frente.
Logo após começou o tratamento da quimioterapia com a professora Glaidice, que é oncologista –o segundo anjo que apareceu na vida da Luma e na nossa.
Com quatro meses de diagnóstico fizemos a tão temida radiografia pulmonar, e não foi o localizada nenhuma metástase. A comemoração foi grande e agradecemos na nossa fé a Deus, São Francisco de Assis, Nossa Senhora Aparecida pela etapa vencida.
Foram seis sessões de quimioterapia e agora fazemos a manutenção com comprimido em casa.
Hoje, após sete meses de tratamento e após várias idas e vindas do hospital veterinário, após a luta incansável da equipe da professora Cleusa e da equipe da professora Glaidice, a Luma está muito bem. Continua com seus 43 kg –mas tem que fazer uma dieta–, correndo atrás da sua bolinha, alimentando bem, tendo uma vida normal.
Ela manca um pouco, mas pelo que iria acontecer, mancar é só um detalhe sem importância.
Acreditamos que o carinho daqueles que a trataram foi imprescindível para seu atual estado.
Todos os funcionários do Hospital Veterínário da UFMG vibraram e vibram pela cura dela. E como digo a eles sempre que os encontro, ‘muito obrigado’ é muito pouco para agradecer.
Se está sendo fácil? Nunca é, mas não desistimos dela. Vamos continuar lutando.
Se ela está curada? Não sabemos. Infelizmente não existe um exame que responda a essa pergunta.
O que sabemos é que nós não desistimos de procurar uma solução para o problema que a Luma teve. E vamos continuar o tratamento enquanto for necessário.
Tudo que fizemos e continuamos fazendo não paga as horas de alegria, risadas, recepções alegres quando chegamos cansados do trabalho, brincadeiras que ela nos proporciona e aos nossos amigos.
Portanto não desista de lutar por aquele que te ama incondicionalmente. A fé e a esperança são ferramentas fundamentais para nossa existência.
E hoje vivemos literalmente na fé de que a Luma vai ficar conosco por um longo tempo.”
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