Cachorro morre em voo, e Latam suspende transporte de pet no porão
A Latam decidiu suspender a venda para transporte de pets no porão das aeronaves após a morte de um american bully, no último dia 14.
Weiser seguia de Guarulhos (SP) para Aracaju (SE), mas chegou morto ao destino.
A empresa aérea afirma que laudo emitido por clínica veterinária mostra que o cachorro roeu o kennel de madeira em que estava e se asfixiou. Diz ainda que a caixa estava em concordância com o processo de transporte de animais da companhia.
João Galhardi, cunhado do tutor, afirma em em rede social que o pet era tranquilo e que ficou muitas horas dentro da caixa, sob alta temperatura.
Foi a segunda morte em um mês. Em setembro, um golden retriever não resistiu após viagem entre São Paulo e Rio.
A suspensão do transporte, porém, foi definida só neste mês.
“A Latam já vinha fazendo uma análise profunda de todos os procedimentos deste tipo de transporte, e neste lamentável evento cumpriu todos os processos de forma correta. Diante deste cenário, a empresa decidiu neste momento suspender a venda para o transporte de pets no porão das aeronaves nos 30 próximos dias para o mercado brasileiro”, diz a aérea.
Quem já comprou o serviço pode seguir com o transporte de forma regular, postergar sem custo ou optar pelo reembolso.
OUTRO CASO
Em 14 de setembro, Zyon, um filhote de golden retriever, morreu após trajeto entre São Paulo e Rio.
“Meu cachorro chegou no aeroporto do Galeão às 13h53 e só me entregaram ele 15h30. Deixaram meu cachorro no calor, quando ele chegou pra mim já estava quase morto”, escreveu Gabriela Duque em rede social.
O caso repercutiu, a defensores da causa animal cobraram empresas aéreas a não tratarem animais como bagagem. Na ocasião, a Latam informou que são seguidos todos os procedimentos necessários e seguros para o transporte de animais.
Empresas aéreas permitem animais de pequeno porte na cabine, desde que em caixas apropriadas e obedecendo a algumas regras —como peso. Animais maiores também podem viajar com o tutor caso se enquadrem como de assistência ou de trabalho —e há necessidade de comprovação para a autorização. Mas, conforme a raça e porte, eles só podem viajar no porão de aeronaves, e são despachados em caixas próprias, como cargas.
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