Cadela de 8 meses é morta durante operação no DF; polícia diz que reagiu a ataque
A cadela Gatai, de oito meses, estava dentro do terreno da família quando foi morta a tiro, na sexta (15), durante uma operação da Delegacia do Meio Ambiente do Distrito Federal. Na segunda (18), a Polícia Civil justificou a ação e afirmou que os agentes reagiram a um ataque de dois cães de grande porte.
A morte provocou reações e mobilizou protetores da causa animal.
O tutor de Gatai disse em rede social que estava trabalhando quando ouviu vozes e decidiu ir até o fundo do quintal para saber o que estava acontecendo. Os cães da família se adiantaram e, então, foram ouvidos dois tiros.
Segundo o relato publicado no perfil da tutora, Clara Carvalho, Claudio Álvares disse pensar que se tratava de um assalto e, por isso, voltou em direção de casa. Mas, enquanto a esposa pedia ajuda, ele retornou ao local e começou a filmar. Nesse momento, então, viu os agentes saindo do lote.
Atingida no pescoço e na orelha, Gatai morreu no local.
De acordo com a Polícia Civil, agentes da delegacia e fiscais do ICMBio faziam diligências em área de proteção ambiental, no condomínio Privê 2, Lago Norte, onde estariam cercando lotes e fazendo obras não autorizadas.
Segundo a nota, os policiais não necessitavam mandado judicial para checar a situação e, ao entrarem no local, foram atacados por dois cães, sendo um rottweiler.
“Todos os envolvidos se sensibilizaram com a morte do animal, já que a missão destas equipes é justamente a proteção da fauna e da flora.”
O tutor da cadela afirma que a área do condomínio está sub-judice, mas que mora ali há sete anos. Ele reclama que os policiais não apresentaram documentos e não chamaram os moradores ao portão.
“Simplesmente arrombaram meu cadeado e mataram a minha cachorrinha.”
Adotada logo após o nascimento, Gatai foi o quarto animal da casa. Era a caçulinha, muito alegre e que amava um carinho, escreveu Clara Carvalho em seu perfil.
“Que tristeza te perder assim, minha menina. Nossos dias não serão os mesmos sem sua alegria.”
A Corregedoria Geral de Polícia instaurou procedimento para apurar o caso.
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