Cadela tem boca dilacerada por bomba no Réveillon
Uma cadela teve a mandíbula destruída na primeira madrugada do ano, após a explosão de uma bomba, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. A polícia investiga o caso.
Informações preliminares sugerem que o explosivo foi amarrado ao corpo do animal. Rebeca, como está sendo chamada, foi resgatada pela Grupo Força Animal e levada para uma UTI em estado grave.
“Situação da bomba amarrada na boca foi confirmada pela equipe veterinária, que, na limpeza, retirou barbantes”, escreveu a ONG em rede social.
A cadela precisará passar por cirurgia, o que preocupa. Segundo o grupo, se a língua não for recuperada, o animal não aprenderá a comer.
Neste sábado (2), a ONG publicou em rede social um “pequeno avanço”: a língua desinchou, e a cadela conseguiu engolir por seringa —e deve usar sonda para alimentação. No entanto, ainda há risco, e ela está usando focinheira lada fazer suporte da boquinha, que está despedaçada.
A Polícia Civil busca os responsáveis. “Estamos muito perto de concluir mais essa investigação”, escreveu neste sábado o investigador Cassio Silva, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
No final de 2016, caso parecido chamou a atenção. No Natal daquele ano, agressores colocaram uma bombinha no ânus de uma cadela, e a explosão ocorreu, possivelmente, quando ela tentava remover o artefato. Sofreu lesões muito graves, teve o focinho parcialmente mutilado e precisou passar por cirurgia para reconstrução dos lábios, do reto e para fechar a ferida que expunha a vértebra. Drika, recuperada, continua vivendo sob os cuidados da ONG Paraiso dos Focinhos, no Rio.
Maus-tratos a animais é crime. A lei Sansão, em vigor desde o ano passado, aumenta a punição e prevê prisão para quem maltratar cães e gatos.
FOGOS
O ano também começou com relatos de cães perdidos e feridos em consequência de queima de fogos.
Em pânico, muitos se machucaram ao tentar fugir durante o barulho. Nas redes, também há declarações de tutores sobre cães que morreram.
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