Três motivos para vacinar seu pet contra a raiva
Seu cachorro ou gato nunca foi vacinado contra a raiva ou está com a dose atrasada? Se você acha que não tem por que se preocupar, listo três motivos:
⁃ raiva é doença sem tratamento e mata;
⁃ pode ser transmitida aos humanos, igualmente letal;
⁃ a vacinação é a única forma de prevenção e controle da doença
Não há pandemia que justifique deixar o animal sem a vacina. E ela deve ser repetida, obrigatoriamente, todos os anos.
As doses são encontradas em clínicas particulares, mas também são oferecidas por prefeituras, sem custo. Se na sua cidade não há campanha de vacinação, informe-se com a administração municipal. Na capital paulista, há 15 pontos fixos de imunização.
A vacinação deve ser feita mesmo que não haja registro da doença na vizinhança. É um ato de carinho com o pet e com quem está ao seu redor.
Para alertar sobre os riscos, o Dia Mundial Contra a Raiva é lembrado todo dia 28 de setembro.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a raiva está presente em mais de 150 países ou territórios e provoca a morte de 59 mil pessoas por ano –a maioria em regiões da Ásia e da África. A meta é eliminar a doença até 2030.
No mundo, cães são os principais transmissores aos humanos. No Brasil, têm sido os morcegos. Em São Paulo, o último registro de raiva humana é de 2018, após contato direto da vítima com morcego infectado. Desde 1997, o estado não registra casos de raiva em humanos provocadas pela variante canina.
Mas não dá para relaxar. Uma escapadinha do pet de casa já representa risco. Se ele caçar um morcego doente ou for agredido por outro animal infectado, conviverá por semanas sem sintomas, na mesma rotina de carinhos e lambidas, e deixará a família em perigo.
O tutor deve procurar ajuda imediata do veterinário caso flagre seu pet com um morcego, presencie ataque de animal desconhecido ou não vacinado ou perceba que seu bichinho tem ferimentos de causa não identificada. Mesmo que ele já seja vacinado, o profissional avaliará o tratamento preventiva contra a raiva, antes do possível surgimento dos sintomas.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS
O período de incubação varia entre alguns dias a vários meses. Os sintomas dependem do estágio da doença. Incluem mudança de comportamento, desorientação, convulsões, salivação excessiva.
Nos humanos, pode ocorrer febre, tontura, dor de cabeça, mal estar, formigamento, pontadas ou sensação de queimação no local da mordida. Com o avanço, provocará dificuldade para deglutir, desidratação, paralisia e convulsão até evoluir para coma e morte.
A raiva é transmitida por mordida, arranhão ou lambedura de mamíferos e afeta o sistema nervoso central. Após o surgimento dos sintomas, não há tratamento para os animais. Nos humanos, a letalidade é próxima de 100%. No Brasil, só dois pacientes sobreviveram.
IMUNIZAÇÃO
Devem ser imunizados cães e gatos sadios, a partir dos três meses.
A vacina pode causar reações leves, como febre e dor no local da aplicação. Casos mais graves são raros.
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