Animais resgatados após Brumadinho continuam em abrigo; catálogo virtual facilita adoção

Lívia Marra

Leôncio gosta muito de carinho e tem boa energia. Benta adora pular e correr. Rufus é agitado e brincalhão. Hanna é um pouco desconfiada e medrosa, mas carinhosa.

Esses são perfis de alguns dos cães resgatados após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em janeiro de 2019, e que ainda permanecem em abrigo à espera de um lar. Com eventos de adoção suspensos por causa da pandemia, a forma de atrair adotantes foi criar um catálogo virtual com a foto do animal, sexo, porte e uma descrição sobre seu temperamento (veja aqui).

Segundo a Vale, 380 cães foram resgatados após a tragédia, e 48 voltaram para seus tutores. Apenas 1 dos 131 gatos localizados voltou para casa.

Outros pets foram adotados desde então, mas cerca de 100 cães e 20 gatos ainda buscam um lar, um ano e meio após o acidente.

Todos são castrados, vacinados e vermifugados. O interessado em oferecer uma vida nova a um dos animais passa por entrevista por telefone e pode receber um vídeo do peludo escolhido. A Vale leva o animal até a família, se o adotante morar em Belo Horizonte ou região metropolitana.

Acolher e trazer animais domésticos e silvestres resgatados das áreas atingidas estão entre as ações da empresa após o rompimento da barragem.

Permanecem na Fazenda Abrigo de Fauna, alugada a 7 km do centro de Brumadinho, animais que estavam em situação de risco nas comunidades impactadas ou foram deixados voluntariamente para adoção por seus antigos tutores.

O rompimento da barragem deixou ao menos 259 mortos. Onze pessoas continuam desaparecidas.

(Fotos dos cães: Alex Aurani/ Vale)

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