China retira cachorro de lista de animais criados para consumo, e protetores comemoram

Lívia Marra

O Ministério da Agricultura chinês oficializou que cães deixam de ser considerados animais para consumo e sinalizou que a prática pode ser proibida.

A medida foi publicada dia 29, com a atualização de catálogo que orienta a criação de animais para abate. Cachorros ficaram fora da lista.

Em abril, em uma ação histórica, o governo chinês elaborou novas diretrizes para reclassificar cães como animais de estimação e abriu uma consulta pública —a maioria se opôs a classificar cães para criação como gado, por exemplo. A proposta veio como parte de uma resposta pós-pandemia de coronavírus.

Na ocasião, ao informar sobre a mudança, o Ministério da Agricultura citou o progresso da civilização humana, a preocupação pública e o amor pela proteção dos animais.

A atualização do catálogo agora é motivo de comemoração por protetores da causa animal. Para a Humane Society International, embora ainda não seja uma proibição, é o sinal mais evidente de mudança para que o comércio da carne de cães e gatos seja banido no país, como já ocorre nas cidades de Shenzhen e Zhuhai.

A decisão também é comemorada porque vem ocorre semanas antes da data prevista para o tradicional festival de Yulin, onde cães são o prato principal.

Peter Li, especialista em políticas da China para a ONG, afirma que o anúncio permite às cidades agirem para proteger os animais de matadouros.

Comer carne de cachorro é uma prática em países asiáticos, embora isso tenha mudado com o tempo, e os mais jovens condenam a prática.

O próprio Ministério da Agricultura chinês ressalta essa mudança e observa que cães são animais de companhia ou têm funções como animais de serviço.

(Foto no alto: Humane Society International)

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