Homem é condenado por agredir e matar poodle em Minas

Lívia Marra

Um homem acusado de agredir e provocar a morte de um poodle, em Belo Horizonte, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 7.000 à tutora do animal. O caso ocorreu em 2018, mas a sentença só foi definida agora.

Bilu tinha dois anos e foi ferido com uma barra de ferro. A tutora disse que foi chamada por uma vizinha e, quando chegou à porta de casa, encontrou o pet agonizando.

O réu alegou que estava trabalhando quando o cachorro atacou e matou seu passarinho, que estava em uma gaiola no chão. Disse ainda que, em um instinto de defesa, pegou o ferro usado para abrir a porta da loja e atirou em direção ao poodle, na tentativa de afastá-lo.

Ele reivindicou indenização sob justificativa de ter sofrido retaliações nas redes e sido obrigado e fechar seu comércio, mas o pedido foi negado.

Em sua decisão, divulgada no último dia 6, a juíza Maria Dolores Giovine Cordovil, do Juizado Especial do Barreiro, afirma que não há comprovação de que o passarinho tenha sido morto pelo cachorro, que testemunhas não apontaram motivos para a atitude do homem e que o animal era de pequeno porte e de raça não violenta.

Para ela, independentemente do comportamento do animal, o ato foi cruel e a dor da família deve ser reparada de alguma forma, segundo o TJ (Tribunal de Justiça).

De acordo com a juíza, “o ato deve ser punido para que sirva de exemplo para todos aqueles que possam vir a pensar em praticar algo similar ou pior”. O homem ainda pode recorrer.

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(Imagem: Adobe Stock)