Saiu na quarentena? Saiba como limpar a pata do cachorro e ficar longe do coronavírus
A pandemia de coronavírus provocou mudança de rotina, e o passeio do cachorro precisou ser reduzido a saídas rápidas. A volta para casa também deve ser cuidadosa e, assim como a gente precisa lavar muito bem as mãos, as patinhas do pet merecem atenção especial.
A recomendação do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária) é que a higienização seja feita com água e sabão neutro.
Não há indícios de que pets transmitam o vírus a humanos, mas eles podem levar a contaminação para casa por meio das patas —ou pelos, se alguém infectado tossir ou espirrar próximo ou animal ou fizer um carinho com a mão contaminada.
A veterinária Carla Berl, fundadora da rede de clínicas Pet Care, sugere o uso de xampu infantil ou sabonete de glicerina.
“Se ele sair três vezes por dia, vai ter que lavar três vezes por dia. Que seja um sabão que não agrida muito, para não machucar a pele do animal, porque ele não está acostumado com isso”, afirma.
Depois da lavagem, o tutor deve enxugar muito bem as patinhas e pode até usar papel toalha para absorver bem o excesso de água.
Álcool em gel, aliado dos humanos contra o vírus, não é indicado para os animais.
Para o tutor preocupado com eventual contaminação, a veterinária sugere outras duas opções antes de sair de casa: colocar no animal uma camisetinha fina de algodão para proteger os pelos —que deve ser tocada a casa passeio—, e usar botinhas de chuva —o animal pode estranhar no começo, mas elas evitam o contato direto com o solo e são laváveis.
Além de água e sabão, é possível usar também lenços antissépticos na limpeza dos pelos, segundo especialistas. Mas banhos completos não devem ser diários, para não agredir a pele do animal.
Carla afirma que o banho pode ser dado em casa uma vez por semana, com xampu indicado para o animal e sem deixar cair nos olhos. A água deve ser norma e a secagem precisa ser muito bem feita —se usar secador, a temperatura deve ser norma.
Embora não recomendadas neste período de isolamento social, as saídas com os cães são necessárias não só para que o animal faça as necessidades, mas para que ele se exercite.
As novas regras, porém, pedem mudança de comportamento. Além de rápida, a saída deve ocorrer em horários mais tranquilos, com pouco movimento. E a recomendação é que apenas uma pessoa acompanhe o animal.
Caso o tutor contraia a Covid-19, deve permanecer isolado, mesmo que tenha sintomas leves. A recomendação é que não fique no mesmo ambiente que o pet para evitar que o animal eventualmente leve o vírus para fora de casa em sua pelagem e contamine, por exemplo, o elevador ou alguém que, inadvertidamente, brincar com ele.
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