Morre em SC o primeiro cão de busca certificado internacionalmente
Morreu aos 16 anos, na sexta-feira (28), o primeiro cão de busca do país certificado internacionalmente para o trabalho. O labrador Brasil, que atuou com o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, estava aposentado e sofria de câncer.
Segundo a corporação, além de ser o pioneiro na certificação, a dupla formada pelo cachorro e o então soldado —hoje cabo— Moisés Kluska foi também integrante da primeira equipe de cães de busca dos Bombeiros do estado.
Moisés e Brasil somaram mais de 100 buscas na carreira, entre elas nas enchentes de 2008 no estado em que foram localizadas 23 pessoas.
“O cão Brasil foi um marco para a atividade de busca e resgate com cães em Santa Catarina, e também nacionalmente, já que ele nos mostrou que era possível, em uma época em que havia uma grande rejeição às certificações”, disse o presidente da Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães da corporação, tenente-coronel Walter Parizotto.
Depois da aposentadoria, em 2015, a dupla se dedicou à atividade assistida por cães.
O labrador morreu de forma natural. Ele deixa três gerações na corporação: o filho Iron, os netos Léia e Dante —filhotes em treinamento—, e os bisnetos Chewbacca, Zaara e Barney (que morreu em 2019).
TRAGÉDIA
A morte de Barney comoveu. O cão, experiente em buscas, morreu afogado ao entrar em um rio à procura de uma pessoa desaparecida na região de Içara. Ele mergulhou, mas não voltou à superfície. Seu corpinho só foi encontrado dias depois.
CÃO DE BUSCA
Para atuar como cão de busca da corporação, o animal deve passar por provas de certificação a partir dos 18 meses de vida.
O foco do binômio —a dupla bombeiro e cachorro— são os treinamentos para esses testes. O trabalho é feito com feedbacks positivos, apresentando ao animal diferentes estilos de terrenos e situações, brincando e estimulando a curiosidade do animal.
(Fotos: Corpo de Bombeiros de SC)
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