Vai passear com o pet? Não esqueça o protetor solar

Lívia Marra

Pets precisam usar protetor solar para evitar queimaduras, doenças dermatológicas e câncer de pele. Isso vale no passeio do dia a dia, na viagem, no bloquinho de Carnaval e até dentro de casa, já que muitos peludos adoram dormir no sol de barriga para cima.

Animais de pele e pelo claros são mais sensíveis ao efeito do sol. Mas os de pelo escuro também precisam de proteção, especialmente os de pelo curto.

A regra é a mesma dos humanos: a aplicação do produto deve ser feita de acordo com tempo de exposição no sol, principalmente no focinho, orelhas e região abdominal.

“Quando as temperaturas estão mais altas, precisamos ficar atentos à proteção deles nos passeios, caminhadas e nas cochiladas no sol.  Sempre que houver exposição, devemos usar bloqueador solar no pelo todo e, especialmente, nas regiões com pouca ou nenhuma pelagem. Recomendo também o uso de roupinhas para protegê-los no sol mesmo com o calor. Tente usar as de algodão que são mais fresquinhas”, diz Simone Crestoni, médica veterinária especializada em oncologia prestadora de serviços da rede Seres da Petz.

QUALQUER PROTETOR?

A recomendação é que o pet use bloqueador solar próprio para animais.

Segundo a rede de pet shop, com exceção dos produtos sem cheiro e hipoalergênicos —ideal para crianças e pessoas com pele sensível—, os produzidos para humanos podem provocar alergias e intoxicação nos bichinhos.

Se o pet passa um período longo em áreas externas entre as 10h e as 16h, é recomendável que o tutor passe protetor mais de uma vez ao dia no animal. Quanto maior o fator de proteção, menor a possibilidade queimaduras na pele.

PREDISPOSIÇÃO

Raças como golden retriever, poodle, boxer e dálmata têm predisposição ao desenvolvimento do câncer de pele.

Coceiras ou lambição persistente na mesma região, feridas, carocinhos ou manchas vermelhas na pele podem ser sinais de alerta.

“O câncer de pele normalmente se mostra como um nódulo, mas sua manifestação pode variar. Áreas com vermelhidão ou com perda de pigmentação ou com queda de pelo —placas, eritemas e áreas de alopecia— podem indicar a instalação da doença.  Alguns cânceres camuflam outras doenças, como uma dermatofitose —infecção fúngica. Desconfiem sempre de lesões que não cicatrizam. Mas nem todo nódulo é câncer. Pode ser apenas uma verruga ou gordura. Precisamos avaliar e investigar”, afirma a veterinária.

O tratamento do câncer de pele inclui cirurgia para remoção dos nódulos associada a sessões de eletroquimioterapia, radioterapia, quimioterapia ou crioterapia, dependendo do diagnóstico.

(Imagem: Adobe Stock)

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