Chuvas elevam risco de doenças de pele e leptospirose em cães; veja dicas

Lívia Marra

Época de chuvas pede cuidados redobrados com os cães. Isso porque a exposição à água contaminada pode causar doenças.

Enquanto alguns animais têm medo da chuva —especialmente por causa dos trovões—, outros adoram brincar na água. Há, ainda, aqueles que não fazem as necessidades em casa e precisam dar uma voltinha, ainda que a rua esteja molhada.

E aí é que está o perigo. Segundo Thaís Matos, veterinária da DogHero, o fator de risco das chuvas não é a água em si, mas a exposição a microorganismos e bactérias. No período de chuvas, algumas doenças ocorrem com maior incidência como problemas de pele e leptospirose.

“Ao serem expostos a chuva, os cães podem contrair bactérias, microorganismos e parasitas, e assim vir a desenvolver sintomas dessas enfermidades”, afirma.

A recomendação é manter o animal sempre bem sequinho e com as vacinas em dia.

A veterinária lista cinco dicas para manter a saúde do pet em meio à chuva:

> Proteja o cãozinho durante os passeios: Se sair de casa for indispensável, o tutor deve investir em um guarda-chuva específico para o peludinho. Mas, como as patinhas permanecerão expostas, a orientação é fazer a higienização assim que voltar para o imóvel, evitando frieiras e outras doenças. Se o corpinho também estiver molhado, seque completamente.

> Não deixe o animal matar a sede em poças – Leve sempre uma garrafinha com água para hidratar o pet. A veterinária lembra que, para os cães, “água é água”, e eles podem querer matar a sede em poças nas ruas. São vários os riscos: o animal pode contrair bactérias, parasitas e até sofrer de intoxicação se houver resquícios de pesticida ou gasolina na água.

> Cuidado com banhos e a secagem – A frequência varia conforme os hábitos de necessidades do animal, mas, no verão, a ideia de dar banhos semanais parece fazer sentido. No entanto, excessos, somados a uma secagem ineficiente, podem fazer mal ao bicho. A secagem completa dos pelos é fundamental. Evite deixar o animal secar naturalmente, pois podem desenvolver alergias e até gripes.

> Redobre a atenção com dermatites – com maior umidade do ar, a pele do cão fica mais sensível, o que facilita o surgimento de dermatites. “Estratégias como manter o pelo aparado, bem penteado e seco impedem o desenvolvimento de dermatites”, diz a veterinária.

> Atenção com o risco de leptospirose – Chuvas fortes provocam enchentes e transtornos e riscos a humanos e animais —como a leptospirose. A doença, que pode ser fatal, é causada pela bactéria Leptospira, presente na urina de ratos e transmitida principalmente nas inundações. A recomendação é que o pet não tenha contato com áreas alagadas —e que podem estar contaminadas. Além disso, para reforçar a proteção, o tutor deve manter o animal vacinado a cada seis meses contra a doença. A veterinária diz que, apesar de não serem 100% eficazes, as vacinas V8 e V10 já previnem a leptospirose.

(Foto: Adobe Stock)

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