Conheça Bear e Taylor, cães que ajudam a resgatar coalas
Incêndios florestais têm devastado imensas áreas na Austrália, e os danos crescem conforme as labaredas se alastram. O trabalho incansável de Bombeiros e de voluntários conta com uma ajuda especial: cães treinados para localizar coalas feridos.
O fogo consome a mata e imóveis. Desde o ano passado, morreram ao menos 20 pessoas e um número incontável de animais. A estimativa do professor Chris Dickman, da Faculdade de Ciência da Universidade de Sydney, é de 1 bilhão, entre eles inúmeros coalas, espécie já ameaçada.
Socorristas e moradores fazem o que podem para resgatar e cuidar dos bichos. Envolvidos nesse trabalho de tentar salvar vidas estão cães com habilidade para rastrear os animais que precisam de ajuda.
Em meio a um cenário carbonizado, se destacam os farejadores Bear e Taylor. Em outras ocasiões, eles estariam atrás dos animais selvagens doentes ou feridos para auxiliar em pesquisas e conservação. Agora, cada sinalização que pode levar a um coala se torna motivo de comemoração.
Bear, uma mistura de border collie e koolie, tem 5 anos e atua com a ONG Ifaw (International Fund Animal Welfare). Cheio de energia e determinado, ele não tem características de um animal de estimação, mas se identifica com ações de resgate.
O cachorro de olho azul, então, foi levado ao Detection Dogs for Conservation, da University of the Sunshine Coast, e aprendeu a detectar coalas vivos pelo cheiro do pelo. A partir de sua indicação, equipes podem localizar os animais que resistiram ao fogo e ficaram em árvores na tentativa de escapar do perigo.
Embora as buscas seja desafio, a habilidade de Bear em apontar vidas renova a esperança das equipes.
Para que não machuque as patinhas, ele usa botinhas especiais enquanto caminha nas áreas queimadas.
O trabalho também é encarado como brincadeira. Ao menos para a springer spaniel inglês Taylor, que conseguiu localizar ao menos 15 coalas desde setembro.
Em rede social, a Tate (Animal Training Enterprises) simula como é o trabalho de Taylor. Há comandos, bipes e, ao final da missão, a recompensa vem com elogios, mimos e, claro, uma bolinha.
A peludinha tem 4 anos e, segundo a empresa, toda sua ninhada, além de seu pai, também atuam profissionalmente para localizar animais de diversas espécies.
Mesmo distante, é possível oferecer apoio e ajuda financeira às organizações que estão envolvidas no combate aos incêndios que atingem a Austrália e nos cuidados com os animais resgatados, como o The Port Macquarie Koala Hospital, que criou uma vaquinha virtual.
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