Cachorro de 17 anos é adotado após família procurar por animal mais idoso de abrigo
Animais idosos dificilmente são adotados de abrigos. Mas Haroldinho, um cachorro de 17 anos, passará este Natal com sua nova família.
O vira-lata morou na Codevida (Coordenadoria de Defesa da Vida Animal) de Santos por dois anos. Mas isso mudou quando uma família entrou em contato com o abrigo, em busca do pet mais velhinho e com menos chances de adoção.
Segundo a prefeitura, o cãozinho vive agora em São Vicente, cidade vizinha, com três irmãos de quatro patas.
Ainda segundo a administração municipal, os adotantes, além de amar animais, tinham outro motivo para escolher um idosinho: a morte, em abril, de um bulldog de 20 anos.
A lacuna deixada na casa pelo cão deu a Haroldinho nova chance de ser amado.
A prefeitura afirma que o cachorro também tem problemas de pele e de coluna, mas isso não atrapalhou a adoção. Dócil e apegado, o cachorro ganhou um apelido carinhoso: “banga”, de “banguelo”.
“As pessoas precisam entender que a gente também vai ficar velho um dia, e ninguém quer envelhecer sozinho e em qualquer lugar. Todos merecemos carinho e conforto, inclusive os cães”, disse a adotante, Monica Aparecida Fajardo, informou a administração municipal.
Quando foi resgatado, no centro de Santos, o cachorro tinha muitas feridas, pouco pelo e quase não conseguia andar.
“Ele é muito idoso e estava muito debilitado, não tinha o perfil dos animais que costumam ser adotados”, afirma Leila Abreu, coordenadora da Codevida.
Apesar da história com final feliz de Haroldinho, outros animais idosos continuam em abrigos. Na própria página da Codevida foi compartilhada a foto de Nando, que tem entre 8 e 10 anos.
“Como vamos explicar para o Nando, que teve uma família durante anos, que agora na velhice ele foi abandonado porque sua família não o quer mais? Como explicar que ele não tem mais casa e tem que aceitar morar em uma baia, talvez até seu último suspiro?”, diz o texto em busca de adotantes.
(Fotos: Francisco Arrais/ Prefeitura de Santos)
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