Polícia resgata cinco pit bulls em casa de preso em rinha de cães
Policiais civis do Paraná resgataram, nesta terça-feira (17), mais cinco pit bulls como parte da investigação que fechou uma rinha internacional de cães em São Paulo.
Os animais, desta vez, estavam em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, na casa de um dos presos na operação. O homem, segundo a Polícia Civil, é um treinador, responsável por transportar os animais do Paraná para São Paulo.
Os animais foram encontrados amarrados, sem água ou comida. Ainda segundo a polícia, dois deles tinham marca de violência no focinho, indicando que poderiam já ter participado da rinha. Todos foram encaminhados ao Instituto Fica Comigo, de Curitiba.
O suspeito é um dos 40 detidos em Mairiporã (SP) e que tiveram fiança estipulada pela Justiça para serem soltos. Uma outra pessoa, apontada como uma das organizadoras, permaneceu presa.
RINHA
As investigações que levaram à rinha na Grande São Paulo começaram a partir de uma denúncia e duraram quatro meses.
No sábado (14), policiais do Paraná, com apoio de equipes de São Paulo, chegaram ao local onde ocorriam as lutas.
Além de pit bulls brigando, foram encontrados animais machucados e mortos. A polícia afirma que havia até churrasco com carne de cachorro para os participantes.
Entre os 41 detidos no local estavam cinco estrangeiros –um americano, dois peruanos e dois mexicanos–, um médico e um veterinário. Dezenove animais foram resgatados.
Segundo a ativista da causa animal Luisa Mell, que acolheu alguns animais muito feridos, havia dois cães mortos no local e outros dois não resistiram e morreram no Instituto Luisa Mell.
Animais também estão sob os cuidados do projeto Encontrei um Amigo e Pits Ales.
Os animais de Mairiporã não foram os únicos resgatados. Na segunda (16), policiais encontraram mais 33 pit bulls em um sítio em Itu, interior paulista, pertencente a um peruano detido na rinha. Os animais também foram resgatados.
MAIS CACHORRINHOS
Os protetores que acolheram os pit bulls têm publicado nas redes o trabalho para tratar os animais.
E, no caso do projeto Pits Ales, chegou mais uma preocupação com os exames: uma das cadelas resgatadas está grávida.
PUNIÇÃO
Defensores da causa animal criticam o fato de a Justiça ter estabelecido fiança a 40 dos 41 detidos.
Em meio a esse caso, projeto de lei que amplia a pena para maus-tratos de cães e gatos foi aprovada nesta terça (17) pelo plenário da Câmara. O texto agora segue para análise no Senado.
A pena atual é considerada branda por permitir aos agressores ficarem em liberdade e converterem a punição em prestação de serviço.
(Imagem no alto: Polícia Civil do Paraná)
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