Vai viajar com o pet? Saiba sobre planejamento e regras de transporte
Incluir o animal de estimação na viagem deixa o passeio mais divertido. Mas a companhia precisa de cuidados especiais, já que a mudança de rotina pode afetar a saúde do animal.
Uma pesquisa da Booking aponta que viajar com o pet é tendência. A maioria dos brasileiros que tem um bichinho (65%) diz que o animal é tão importante quanto um filho; para 51%, a escolha do destino em 2020 dependerá da possibilidade de levarem ou não seus pets; e 59% afirmam que estariam dispostos a pagar a mais por uma acomodação pet friendly. O levantamento foi feito com mais de 22 mil viajantes de 29 mercados, incluindo o Brasil, e levou em conta mais de 195 milhões de avaliações de hóspedes da plataforma.
Então, o planejamento da viagem é essencial. Para começar, qual será a acomodação? Hotel, pousada ou casa?
Confirmar se o local aceita animais é o primeiro passo. Há hotéis totalmente pet friendly, onde o peludinho pode frequentar todos os locais com a família e se divertir à vontade. Outros restringem o acesso em áreas comuns e há, ainda, aqueles que permitem o animal apenas no quarto ou em canis.
Plataformas como a Booking ou Airbnb permitem, por meio de filtros, a busca por locais que aceitam pets.
Além de escolher o melhor local para curtir ao lado do amigo peludo, há regras para serem seguidas no transporte –o animal deve ir no banco traseiro, em cadeirinha específica– e cuidados com o destino.
SAÚDE
Em regiões litorâneas, a dirofilariose –ou verme do coração– é preocupação. O tratamento é caro e demorado, mas há prevenção. Em outros locais, a leishmaniose é a vilã –mas também pode ser evitada. Nos dois casos, o veterinário deve ser consultado com antecedência para indicar o tratamento adequado ao animal.
Faça a malinha do pet com objetos que ele vai precisar ou pode sentir falta: coleira, brinquedos, mantinha, produtos de higiene. Não esqueça de levar a ração que ele está acostumado e medicamentos que possa precisar.
Durante os passeios, mantenha o cão na guia e sempre sob supervisão. A identificação do animal na coleira, com nome e telefone do tutor, é uma forma de permitir que ele possa voltar logo para casa, caso fuja ou se perca.
DE CARRO OU AVIÃO
O transporte do animal no carro requer alguns cuidados. Em primeiro lugar, não esqueça de levar a caderneta de vacinação, para comprovar que ele está corretamente imunizado.
O Código de Trânsito Brasileiro veta o transporte do animal solto à esquerda do motorista ou entre seus braços ou pernas.
Assim como é proibido colocar o braço para fora do carro, deixar o bichinho com a cabeça para fora da janela também pode render multa, já que não é permitido trafegar com o pet do lado externo —além do risco de ele ser atingido por outro veículo ou galhos de árvores no trajeto.
Para evitar acidentes e garantir a segurança do peludinho, use cadeiras, caixas de transporte e cinto de segurança. As caixas devem ter o tamanho indicado para o animal e ser arejadas.
Alguns pets, sobretudo os filhotes, podem enjoar com o movimento e os solavancos do carro. Consulte o veterinário antes de pegar estrada e leve o medicamento indicado.
Se a viagem for longa, faça paradas a cada duas horas, aproximadamente, para que o animal descanse e faça xixi.
As regras para viagens áreas variam conforme a empresa. O transporte do pet é cobrado à parte, e a reserva deve ser feita com antecedência, já que companhias limitam o número de bichos por voo.
Animais de pequeno porte podem viajar na cabine, conforme determinações das aéreas, e sempre em caixas específicas.
A Gol, em parceria com a Cobasi, lançou um kennel nas dimensões oficiais para facilitar o embarque na cabine das aeronaves. A bolsa, confeccionado em lona e com redes para garantir ventilação, custa R$ 179,90, segundo o site do pet shop, que já aplica desconto de 28% no valor.
É obrigatória a apresentação de atestado de saúde e comprovante de vacinação do animal. Para viagens internacionais, a documentação é mais extensa e depende também das exigências do país de destino.
(Imagem: Adobe Stock)
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