Populares na Alemanha, pugs atraem público para eventos e corridas
HAMBURGO | THE NEW YORK TIMES Se Elvis tinha uma vantagem sobre seus concorrentes, eram suas pernas compridas. Ou relativamente compridas. Seu focinho levemente estendido e seu corpo esguio também o ajudaram a percorrer a pista arenosa de 73 metros em pouco mais de oito segundos.
Elvis atravessou a linha de chegada e pulou nos braços de sua dona, Emma Pollex, de 13 anos. Ele foi uma das grandes atrações de uma tarde de domingo recente na pista NWR de corridas de cães, nos arredores de Hamburgo, na Alemanha.
Ao lado de Joschi, Campino e dezenas de outros pugs de cauda encaracolada, Elvis competiu num evento que virou um esforço regular no país para combater a fama de sedentários que têm os cães dessa raça. Em alguns momentos, essa fama parece válida. O cão Campino precisa de um empurrão só para passar da linha de partida. Lulu para no meio da pista para farejar e então corre para trás, para dar meia-volta e ir à linha de chegada, sem pressa—em 32 segundos. “Não é uma corrida competitiva”, disse a dona de Lulu, Angelika Schmorr. “A gente vem pela diversão.”
Os pugs, conhecidos em alemão como “mops”, podem parecer deslocados no país que deu ao mundo o doberman e o pastor alemão. Mas eles são apreciados há tempos por sua lealdade e temperamento brincalhão, sendo vistos também como símbolos subversivos.
O pug chegou à Europa vindo da China e foi introduzido na Saxônia, no leste da Alemanha, no fim do século 18, tornando-se mascote de um grupo de maçons excomungados conhecidos como a Ordem do Pug. Mais recentemente, o humorista Loriot difundiu ainda mais a raça no país, dizendo que “uma vida sem pugs é possível, mas não faz sentido”.
A popularidade crescente veio acompanhada por novos eventos para cães e seus donos em várias partes do país. Muitos incluem corridas, mas os vencedores são os que exibem qualidades típicas de pugs —que não necessariamente incluem a rapidez.
Há dez anos, os criadores de pugs Thomas Zupane sua esposa Beate organizaram, em Berlim, o Encontro Internacional de Pugs, um evento anual que inclui uma corrida de 45 minutos cronometrada com equipamentos de ponta, com prêmios para os pugs mais velozes—e para os mais lerdos.
O evento atrai participantes de toda a Europa. Mas este ano o departamento de bem-estar animal da cidade cancelou a corrida no último instante devido ao calor extremo, e houve vaias dos donos de 95 pugs que estavam prontos para participar da disputa.
No ano passado, uma pug chamada Emma foi a mais comentada na Alemanha. Depois de vencer sua terceira corrida consecutiva em Berlim no tempo recorde de menos de seis segundos, ela ganhou o apelido de “Usain Bolt dos pugs”. Como Elvis, ela é de uma variedade conhecida no país como pug alemão antigo.
Tanto essa variedade quanto os chamados “retropugs”, fruto de um esforço recente para cruzar pugs com cães Jack Russell terrier, vêm ganhando popularidade no país.
*Tradução de Clara Allain
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