Cães disputam campeonato de surfe nos EUA; conheça os representantes do Brasil
Bono é tetracampeão, Maya tenta o bicampeonato e Parafina busca seu primeiro ouro na Surf City Surf Dog, considerada a maior competição de surfe para cães do mundo.
O evento ocorre neste sábado (28) em Huntington Beach, na Califórnia. Segundo a organização, serão 55 participantes, em seis categorias –podem competir sozinhos ou na companhia dos tutores.
Há doguinhos-atletas de diferentes idades e portes.
Parafina, 13, compete pela quarta vez –e em todas as anteriores conquistou lugar no pódio. Para o tutor, Augusto Martins, a idade não afeta o desempenho do vira-lata.
A dupla, que mora em Santos, no litoral paulista, treina diariamente. “Ele fez o eletro, o ecocardiograma, e está super bem. É um cachorro que sempre foi atleta, tem uma resistência muito boa”, afirma Martins.
Parafina compete em duas categorias –a principal, surfando sozinho, e com o tutor na prancha. Em 2016, ele ficou em segundo lugar surfando sozinho e em terceiro ao lado de Martins; em 2017 levou o quinto e o segundo lugar, respectivamente; e em 2018 conquistou o terceiro lugar, nas duas categorias.
A campeã do ano passado é Maya, da raça boiadeiro australiano (australian cattle dog). Agora, aos 3 anos, ela tenta o bicampeonato.
A cadela, que vive em Marataízes (ES), todo dia faz alguma atividade como parte dos treinos, afirma o tutor, Gilsinho Moraes. Ela também venceu, em 2017, a competição Rei de Búzios.
“Maya é a única do mundo que competiu as quatro categorias até hoje: shredder [profissional, vai sozinha na prancha], tandem surf, tandem sup e dog dog. Nessa, é ela e o Bono, que é o tetracampeão mundial”, diz.
Bono, 9, é do Rio de Janeiro e comemorou o tetra em 2017 na categoria tandem, disputada com o tutor, Ivan Moreira.
Além da tandem dog/dog, que ele competirá com a Maya, O cachorro disputará outras duas categorias: a shredder –sozinho– e a tandem sup –ao lado do seu humano.
Entre um compromisso e outro, o labrador surfista também doa seu tempo e carinho a crianças em tratamento contra o câncer.
MUNDIAL
Na Califórnia, os juízes levarão em conta as habilidades dos cães, duração do percurso e a dificuldade das ondas e das manobras.
Independentemente do resultado na água, todos os cães são vencedores, afirma a organização. Por isso, todos receberão uma medalha comemorativa. Os melhores de cada categoria receberão troféus.
Esta é a 11ª edição da competição. Já participaram mais de 500 animais, de vários estados americanos e de diferentes nações, como Reino Unido, Austrália e Canadá.
Além de unir cães, surfistas, admiradores do esporte –ou de praia– e famílias em um momento de lazer, o Mundial também incentiva adoção e arrecadação de fundos para entidades.