Quatro meses após morte do cão Barney, bombeiro recebe filhote para treinar

Lívia Marra

Quatro meses após a morte do cão-bombeiro Barney, que se afogou durante um trabalho de busca em Santa Catarina, o soldado Luciano Rangel ganhou nova companhia e vai treinar o filhote Orion.

O animal, então com dois meses, foi selecionado em um canil em Jundiaí, interior de São Paulo, e passou por diversos testes antes de se juntar ao soldado, em Lages, no começo de setembro.

Rangel sofreu com a morte do parceiro e fez até uma tatuagem em sua homenagem. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o soldado afirma que um cão nunca vai substituir o outro.

“O Barney sempre vai estar presente na minha vida e é muito importante para mim. O Orion começa a trajetória dele comigo agora e nós vamos trabalhar muito para que ele possa traçar o próprio caminho”, diz.

Orion atuará em ocorrências de busca e resgate, como Barney. Ele passa a morar com o soldado e terá um treinamento intensivo até completar 18 meses, quando poderá ser submetido à primeira certificação para atuar como cão de busca e resgate, segundo a corporação.

O filhote é considerado pela corporação como brincalhão, curioso é colaborativo, mas também independente.

BARNEY

Barney morreu em maio, ao entrar em um rio à procura de uma pessoa desaparecida na região de Içara. Ele mergulhou, mas não voltou à superfície. Seu corpinho só foi encontrado dois dias depois.

O cachorro tinha três anos e era experiente. Atuou, entre outras missões, nas buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) —e indicou vários soterrados, dizem os bombeiros.

Durante a cerimônia de despedida, realizada no crematório de animais Garden Pet, em São José, o cachorro foi homenageado pela corporação e lembrado como um animal amigável, alegre e brincalhão. As cinzas ficariam com seu tutor, soldado Rangel, que cuidou de Barney desde pequeno.

(Foto no alto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros)