Polícia identifica e ouve responsável por cão queimado vivo em SP

Lívia Marra

O responsável pelo pit bull queimado vivo em Limeira, interior de São Paulo, foi identificado nesta segunda-feira (19), levado a uma delegacia e liberado após depoimento.

O homem teria dito que decidiu matar o cachorro porque ele tinha cinomose —doença grave e que pode deixar sequelas, mas tem tratamento. Há suspeitas de que, antes, ele também teria agredido o cão.

O animal, de seis meses, tinha microchip, o que auxiliou na identificação do tutor.

O cão foi resgatado na noite de sexta (16), enrolado em um cobertor, em chamas, em um terreno na cidade. Em meio a gritos e gemidos, pessoas que estavam na região levaram balde de água para pagar o fogo.

Ele foi acolhido pela Alpa (Associação Limeirense de Proteção a Animais), hospitalizado, mas não resistiu e morreu na manhã de domingo (18).

O cão ganhou o nome de Titan. O fogo queimou sua pele, as vias aéreas e afetou os rins. De acordo com a associação, seu corpo foi encaminhado para necropsia e seria enterrado no Cemitério de Animais em Piracicaba.

O caso ainda será avaliado pelo Ministério Público.

Maus-tratos é crime, mas a punição é considerada branda. O agressor, no entanto, dificilmente vai preso. Crimes com punições de até dois anos são considerados de menor potencial ofensivo, e a pena normalmente é convertida em prestação de serviço.

(Foto: @alpalimeira no Instagram)