Março amarelo também é alerta para o pet; saiba o que é a doença renal crônica
Leia também: Hospital veterinário em SP faz teste gratuito para diagnosticar insuficiência renal
*
Março é conhecido como o mês internacional de alerta com doenças renais –o chamado março amarelo. Os cuidados com humanos devem ser estendido aos pets.
Segundo o CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária de SP), estimativas mundiais apontam que 1 em cada 3 gatos e 1 em cada 8 cães apresentará a DRC (Doença Renal Crônica).
O diagnóstico precoce da doença renal aumenta o tempo de vida do animal. Mas não há cura para a DRC, uma alteração degenerativa. O tratamento, porém, alivia os sintomas e controla a progressão da doença –isso inclui administração de soro e dieta adequada.
Os problemas renais, muitas vezes, são silenciosos, e os sintomas podem aparecer na fase avançada da doença. Falta de apetite, apatia, vômitos, emagrecimento, desidratação, aumento no volume de urina, sede excessiva e hálito forte podem ser sinais de que algo não está bem com o pet.
“Muitos animais chegam com sintomas, que debilitam ainda mais o seu estado geral de saúde, como vômito, diarreia com sangue, ulcerações bucais —que o impedem de se alimentar— e até convulsões”, diz a médica-veterinária Maria Cristina Santos Reiter Timponi, presidente da Comissão das Entidades Veterinárias do estado, do CRMV-SP.
Segundo ela, isso acontece devido à alta taxa de creatinina no sangue, que sobe porque os rins não estão filtrando como deveriam.
Para evitar que o animal chegue nesse estágio, é importante que o tutor se comprometa com exames de rotina e preventivos.
O controle é feito com exames simples, incluindo coleta de urina.
“Além de evitar que o pet sofra, é infinitamente mais barato do que o valor de tratamentos para um doente renal crônico”, diz a veterinária.
Especialistas dizem que os problemas renais são mais frequentes em animais com mais de seis anos. No entanto, além da idade, as causas podem envolver, entre outras, inflamações, parasitas, doenças congênitas e traumas.
A veterinária do CRMV destaca também o risco de entrada de bactérias que se alojam nos rins a partir de problemas bucais. Por isso, é importante manter em dia a limpeza de tártaro do pet.
(Imagem: Fotolia)