Justiça determina multa a acusados de enterrar cachorro vivo em Alagoas
Os dois envolvidos na morte do cachorro Dogão, que foi enterrado vivo em Barra de São Miguel (AL), foram punidos com multa. O animal chegou a ser resgatado, mas estava doente e morreu no dia 21 de janeiro.
Em audiência ocorrida na quinta (31), a Justiça determinou que o tutor pague R$ 10 mil e o homem que o enterrou, R$ 4.000. Os valores serão parcelados em 12 vezes.
Segundo a decisão, divulgada pelo Projeto Acolher –que cuidou de Dogão–, o dinheiro será depositado em juízo e, ao final, será revertido à ONG, que atende animais desamparados e vítimas de maus-tratos.
À Polícia Civil os dois envolvidos disseram que não sabiam que o cão estava vivo.
O animal foi resgatado em 8 de janeiro, após moradores ouvirem seu choro, de acordo com o Projeto. Foi internado e recebeu tratamento intenso e atenção de protetores e veterinários. Idoso, o cachorro estava doente e tratava infecções, mas não resistiu.
“Eu quero justiça. Nada mais”, escreveu o Projeto Acolher em rede social ao noticiar a morte.
O homem apontado como o responsável por enterrá-lo vivo afirmou à polícia ter pensado que o cachorro estava morto e que levou o animal até o terreno baldio com consentimento do tutor. O dono também afirmou à polícia não saber que o cão estava vivo.
Maus-tratos a animais é crime, mas a punição é considerada branda. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além de multa.
No caso de crimes de menor potencial ofensivo (penas de até 2 anos), pode não ocorrer a abertura da ação penal, e a punição normalmente é convertida em prestação de serviço.
(Imagem: Reprodução/Projeto Acolher)