Suspeito de enterrar cachorro vivo depõe, e inquérito segue para a Justiça
O homem apontado como o responsável por enterrar um cachorro vivo foi ouvido nesta terça-feira (15) pela Polícia Civil de Alagoas. Com isso, o inquérito foi concluído e segue para a Justiça.
O animal, agora chamado Dogão, foi resgatado no último dia 8 de um terreno baldio em Barra de São Miguel e está internado em estado grave.
O homem, amigo do tutor, cuidava do animal e, segundo a polícia, disse ter pensado que o cão, havia morrido. Afirmou ainda que levou o cachorro até a vala com consentimento do tutor.
De acordo com a Polícia Civil, o dono do animal também disse não saber que o cachorro estava vivo. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Liberado após o depoimento, o homem deve responder por maus-tratos. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além de multa.
Se houver condenação, o responsável não deve ficar preso. No caso de crimes de menor potencial ofensivo (penas de até 2 anos), pode não ocorrer a abertura da ação penal, e a punição normalmente é convertida em prestação de serviço.
DOGÃO
Dogão foi resgatado após moradores ouvirem seu choro, segundo o Projeto Acolher, que cuida do animal.
Ele tem porte grande, é idoso —cerca de dez anos—, não anda e seu estado de saúde é delicado.
O cachorro continua internado e, aos poucos, dá sinais de recuperação —como voltar a comer. Mas, de acordo com a ONG, a situação ainda é preocupante. Ele está com infecção urinária grave e não reage aos antibióticos, já trocados.
(Imagem: Reprodução/Projeto Acolher)