Foi paixão à primeira vista, diz brasileiro sobre cadela adotada nos EUA
O brasileiro Raphael Capelli mora em West Virginia e não pensava em ter um animal de estimação, até que uma das pessoas com quem dividiria a casa fez a proposta: disse que só mudaria se pudesse adotar um cachorrinho.
Foi assim que Fêmur entrou na vida de Raphael. O nome foi dado devido a um suposto problema diagnosticado nos ossos.
“Eu trabalho muito e quase não fico em casa, por isso nunca pensei em adotar um cão”, diz ele.
Fêmur, agora com três anos, adora destruir bichinhos de pelucia —os flamingos são os preferidos—, detesta neve, ama roer ossos e passear no parque. Segundo Raphael, ela é “bilíngue” —entende português e inglês.
Leia relato do leitor:
“Moro com mais mais duas pessoas, no estado de West Virginia.
Quando uma das pessoas estava se mudando para morar comigo, ela disse que só iria se pudesse adotar um cachorrinho. Eu trabalho muito e quase não fico em casa, por isso nunca pensei em adotar um cão.
West Virginia é muito interior, com pouco movimento e lugares para visitar ou coisas pra fazer. E os centros de adoção são precários.
Eu tenho uma mentalidade de compras e vivo disso. Tudo pra mim precisa ser analisado e colocado na balança com todos os fatores muito bem detalhados. Um animal vindo de um centro super precário, para mim, não era a melhor opção. Então, resolvi procurar um centro de adoção perto de onde eu trabalho [em Maryland], em outra cidade, mais modernizado e mais limpo, e sugeri para minha roommate que fosse olhar em algum lugar ali perto.
Foi quando, no dia seguinte, recebo uma mensagem de texto dizendo que ela havia achado o cãozinho da vida dela e que eu tinha que parar tudo que estava fazendo e ir la ver. Larguei meu trabalho no horário do almoço e fui ver o tal do “escolhido”. Preocupado em adotar um cão e com a saúde dele, chego ao abrigo e me apaixono à primeira vista.
Coisa mais linda do mundo, estava esperando pra ser escolhida. Mas veio a notícia de que não poderíamos adotá-la naquele dia por que tinham visto algo de errado nos ossos dela.
Minha roommate dizia que queria adota-la assim mesmo e arcar com qualquer custo adicional pra tratamento —tratamento de animais aqui nos EUA são absurdos de caros. Ali eu descobri que o amor era real.
No dia 9 de março de 2016, adotamos o cãozinho, ainda com o nome pre-escolhido, Bailey, mas com a promessa de que eu poderia escolher o nome. Devido ao fato de ela ter tido problema nos ossos, e ossos, para mim, Fêmur.
Até hoje ninguém aqui entende o nome da cachorra até que eu explique o por quê. E descobrimos que o problema nos ossos não era nada.
No final, como não tivermos que gastar dinheiro com veterinário, acabamos doando um dinheirinho para o abrigo mais precário em West Virginia.”
(Foto: Raphael Capelli/Arquivo Pessoal)
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