Raiva mata, e a vacina do seu animal de estimação é assunto sério
Animais de estimação são cada vez mais parte da família. Compartilham atividades diárias, mas, por um descuido, podem contrair doenças graves e transmissíveis aos humanos, como a raiva, que é letal.
A vacina é única forma de prevenção. Imunizar o animal todos os anos, obrigatoriamente, não é só um ato de carinho com o bichinho ou de preocupação com a saúde da casa. É uma forma de zelar pelos outros animais e manter afastada a sombra da raiva.
Mesmo que não haja registro na vizinhança, o controle depende da imunização de cada pet. E não há desculpas para deixar de vacinar. Para falta de tempo ou esquecimento, há outro dia ou horário. Se a justificativa for o custo, há campanhas gratuitas pelas prefeituras —em São Paulo, a dose é aplicada em qualquer época do ano em postos fixos.
A raiva é transmitida por mordida, arranhão ou lambedura de mamíferos e afeta o sistema nervoso central. Após o surgimento dos sintomas, não há tratamento para os animais. Nos humanos, a letalidade é próxima de 100%.
Uma escapadinha de casa já representa risco. Se o bichinho caçar um morcego doente ou for agredido por outro animal infectado, conviverá por semanas sem sintomas, na mesma rotina de carinhos e lambidas, e deixará a família em perigo.
Foi assim que um cachorro morreu em Hortolândia (SP). Fugiu em maio e foi visto por vizinhos com um morcego na boca, diz a prefeitura. Foi submetido à eutanásia em julho. Exames atestaram o primeiro registro de raiva na cidade.
Ásia e África lideram casos entre humanos. No Brasil, só dois pacientes sobreviveram.
Os oito infectados neste ano morreram —sete no Pará e um no Paraná, que contraiu a doença em Ubatuba (SP). Em 2017 foram seis casos, com cinco mortes, segundo o governo.
A capital paulista não tem raiva humana desde 1981. O último registro de raiva animal é de 2011.
Mesmo assim, não dá para relaxar. Que tal checar a carteirinha de vacinação do seu animalzinho?
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