Hortolândia antecipa vacinação de cães e gatos após 1º caso de raiva animal

Lívia Marra

A prefeitura decidiu antecipar a vacinação após a confirmação de um caso de raiva animal em Hortolândia (SP). Com isso, a partir desta segunda (16), equipes visitarão aproximadamente 2.300 residências para imunizar cães e gatos.

A medida atinge a região onde houve a contaminação. É o primeiro caso de raiva animal na cidade —antes havia registos apenas em morcegos—, de acordo com o veterinário Evandro Alves Cardoso, da Unidade de Vigilância de Zoonoses.

A secretária de Saúde, Odete Carmem Gialdi, afirma que não há motivo para pânico e diz que foi um caso atípico. O cão teria adoecido após contato com um morcego.

Segundo a prefeitura, a chamada ação de bloqueio será realizada na região do Residencial São Sebastião. Os agentes de saúde, identificados com crachás, visitarão casas no Adventista Campineiro, Condomínio Flamboyant, Jardim Novo Cambuí e Jardim das Figueiras 1 e 2, das 8h30 às 11h e das 13h às 16h.

Fora dessa área, os animais poderão ser vacinados durante a campanha de vacinação antirrábica no município, que já estava planejada para ocorrer em agosto e em setembro.

CASO CONFIRMADO

O cachorro contaminado tinha dois anos, morava com os tutores e nunca havia sido vacinado, afirma a prefeitura.

Em maio, ele escapou da casa e, de acordo com vizinhos, foi visto com um morcego na boca. Em 27 de junho começou a apresentar mudanças no comportamento, com apatia, andar cambaleante e emagrecimento. Chegou a ser atendido por um veterinário, mas o quadro logo evoluiu para paralisia e outros sintomas neurológicos. Ele foi submetido à eutanásia no dia 2 deste mês.

Todos que tiveram contato com o cachorro foram encaminhados para profilaxia, com aplicação de soro antirrábico, diz a administração municipal.

RAIVA

A raiva é uma doença fatal, que afeta o sistema nervoso central, e que pode ser transmitida a humanos. Após o surgimento dos sintomas, não há tratamento. Por isso, a vacinação dos animais é importante: é a única forma de manter a doença sob controle.

Cães e gatos com mais de três meses de vida devem ser imunizados, exceto doentes. A dose deve ser reaplicada anualmente.

Mordidas, arranhões ou lambeduras podem transmitir a doença ao homem. Em qualquer dessas situações, a pessoa deve procurar atendimento médico, caso o animal não seja conhecido ou não esteja vacinado.

Em caso de morcegos encontrados em residências, a orientação  é jogar um balde ou toalha sobre ele e acionar órgãos competentes para a remoção.

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(Foto: Edson Silva/Folhapress)