Bombeiros e cadelas que atuaram em prédio que desabou em SP são homenageados
Bombeiros e as cinco cadelas que atuaram nas buscas por vítimas do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no centro de São Paulo após pegar fogo no início de maio, foram homenageados segunda-feira (11) na Assembleia Legislativa.
Foi a pastora belga Vasty, 5, que deu sinais de que havia um corpo soterrado, no terceiro dia de buscas no Paissandu. Também participaram dos trabalhos Hope, Moly, da mesma raça, e as labradoras Sarah e Wiki.
As filhotes Moly, de cinco meses, e Wiki, de nove, ainda estão em processo de aprendizagem.
MEDALHAS E PETISCOS
A sessão foi proposta pelo deputado estadual Coronel Camilo. Os profissionais humanos receberam a Medalha da Constituição. Os animais receberam a medalha simbólica Cão Herói e petiscos.
Além dos bombeiros, também foram homenageados policiais militares que ajudaram na operação.
O desabamento do prédio, que era ocupado por sem-teto, deixou sete mortos. As buscas duraram 13 dias.
BUSCAS
O trabalho dos cães farejadores é considerado fundamental em uma operação de buscas. A relação entre cão e adestrador é intensa, em anos de convivência.
“Indiretamente você acaba conversando com o cão. Ele te mostra o que você está querendo ver. Ele é o seu olho, nariz e ouvido dentro da ocorrência. Ele diz: ‘Olha, aqui tem coisa e aqui não tem’”, disse à Folha o cabo Fabrício Assumpção, adestrador da Vasty, à época das buscas.
Para estreitar ainda mais os vínculos, alguns bombeiros levam os cães para suas casas nas folgas ou férias. A maioria dos bombeiros fica com o animal em definitivo quando o bichinho se aposenta, aos oito anos de idade.
(Fotos: Rodrigo Croos e Rodrigo Paneghine/ SSP)