Chocolate é tóxico para cães; mantenha o pet longe dos ovos de Páscoa

Lívia Marra

A Páscoa está chegando e é difícil resistir a um chocolate. Mas, para os animais, o produto é tóxico e, dependendo da quantidade ingerida, pode causar vômito, diarreia, arritmia cardíaca, hipertermia e, nos casos mais graves e raros, até convulsão e morte.

Os sinais de intoxicação geralmente aparecem entre 6 horas e 12 horas após a ingestão.

“O fígado dos cães e gatos não metaboliza direito uma substância presente no chocolate chamada teobromina, que está relacionada com a quantidade de cacau. Quanto mais cacau, mais teobromina o produto contém e mais tóxico ele é”, afirma a veterinária Keila Regina de Godoy, da PremieR pet.

Ou seja, chocolates mais escuros e amargos, que contém maior percentual de cacau, são os mais tóxicos para os animais. Porém, chocolate branco e ao leite também fazem mal e não devem ser oferecidos aos pets.

O Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, diz que todos os anos, na época da Páscoa, registra um aumento de 15% dos casos de internações por intoxicações, e a principal causa são os ovos de chocolate.

Segundo a veterinária Paula Priscila Correia, docente da Universidade Estadual do Ceará, a cafeína é outra substância presente no chocolate e que não faz bem aos bichinhos. Ela afirma ainda que nem sempre uma única porção de chocolate pode causar intoxicação. Pequenas e contínuas doses também podem ser causa de mal-estar.

Mas o chocolate não é o único vilão. Animais não devem comer qualquer tipo de doce. “O acúmulo de açúcar pode levar a diabetes, catarata diabetogênica-pancreatite, problemas nervosos e problemas dentários”, afirma Paula.

Se o pet apresentar algum sintoma, deve ser levado ao veterinário para o tratamento adequado.

PRODUTO ESPECÍFICO

Se o tutor quiser que seu pet compartilhe momentos da Páscoa com chocolate, pode optar por produtos feitos especialmente para os animais.

De acordo com a veterinária Paula Priscila Correia, a aparência e o gosto são semelhantes aos chocolates para humanos, porém sem teobromina, cafeína e açúcar.

Ainda assim, é preciso respeitar a quantidade diária  –geralmente descrita na embalagem– e não oferecer o produto em excesso.

Quem preferir uma receita caseira de cookies ou bolinhos para cães deve, antes, consultar o veterinário, para que o petisco atenda às necessidades do pet.