Cadela torturada com bombinha no Rio passa por cirurgia e começa a se recuperar

A história de Drika é uma das muitas sobre maus-tratos e crueldade que chegam frequentemente às ONGs de proteção animal. No Natal passado, os agressores colocaram uma bombinha em seu ânus, e a explosão ocorreu, possivelmente, quando ela tentava remover o artefato. Sofreu lesões muito graves, teve o focinho parcialmente mutilado e precisou passar por cirurgia para reconstrução dos lábios, do reto e para fechar a ferida que expunha a vértebra.

Apesar de a agressão ter ocorrido em dezembro, ela só foi resgatada no começo de janeiro. Foi encontrada perto de Realengo, no Rio, e encaminhada à ONG Paraíso dos Focinhos. A pessoa que socorreu Drika disse que os agressores seriam meninos de uma comunidade, e que não seria a primeira vez que cometiam esse tipo de agressão.

A cadela sentia muita dor, estava assustada e tentou morder as pessoas que chegaram para ajudar. “Chorei, gritei…corri pela minha vida. De alguma forma, minha boquinha ficou muito machucada. Acho que foi na explosão. Fiquei com feridas enormes e aí vieram as moscas. Não deu outra…minha situação piorou. Eu achei que fosse morrer…minha esperança já tinha ido embora, mas aí uma tia me viu e se escandalizou com minha situação. Fui resgatada, me levaram pro veterinário e me deram os primeiros socorros”, diz texto publicado pela ONG no último dia 12, como se Drika relatasse o que aconteceu.

Drika foi operada na última quinta (19). Ao Bom Pra Cachorro, a ONG afirma que a cirurgia foi um sucesso.

“Eu fico envergonhada porque me acho feia. Mas depois que vi minhas fotos de uma semana pra cá, fiquei mais animadinha”, dizia outra publicação, na véspera do procedimento cirúrgico.

“Drika está bem. O exame de sangue precisa melhorar, mas come sozinha e evacua também. Sente dores, mas está tomando remédios, antibióticos e anti-inflamatórios. Tomou uma bolsa de sangue pra dar uma injeção de ânimo e se recuperar”, afirma a presidente, Hanriette Soares.

Já há uma lista de pessoas interessadas em adotar a cadela. Por enquanto, a ONG conta com doações  para pagar veterinário, além de medicamentos e alimentação suplementar.