Sede excessiva e muito xixi podem ser sintomas de diabetes; saiba mais sobre a doença
Sede excessiva, aumento da produção de urina e perda de peso sem motivo aparente são sintomas do diabetes, doença que, assim como nos humanos, pode provocar complicações nos pets.
A doença se caracteriza pela deficiência hormonal que reduz a capacidade do sangue de metabolizar a glicose dos alimentos. O tipo 1 é o mais comum entre os cães, e ocorre quando as células do pâncreas não produzem insulina suficiente –e precisam de reposição do hormônio.
É mais comum em cães adultos e idosos, e as causas variam. Segundo o veterinário Antonio Marquesim, obesidade, dietas desequilibradas e falta de exercício podem levar à doença. Mas também há o fator genético.
“Existe a predisposição por algumas raças, como poodle, beagle e schnauzer. Mas cães sem raça definida também podem ser afetados”, afirma.
O diagnóstico leva em conta exames clínicos e laboratoriais, e o tratamento inclui dieta e aplicações diárias de insulina.
“O profissional definirá quando e quanto esse animal precisará de insulina”, alerta Marquesim.
Isso porque pode ocorrer hipoglicemia –baixa quantidade de açúcar no sangue–, e o animal ter tremores, fraqueza e até convulsões, ou hiperglicemia –taxa elevada de açúcar no sangue–, e o pet ter, por exemplo, mais sede do que quando está equilibrado.
Catarata, cegueira, pancreatite, infecções e problemas renais podem ser complicações da doença.
“A boa noticia é que 90% dos proprietários de animal com diabetes conseguem muito bem fazer o tratamento em casa, e com o tempo conseguem perceber sozinhos quando o animal não está bem e precisa de cuidados veterinários”, diz a veterinária Carla Berl, diretora do hospital veterinário Pet Care.
De acordo com o hospital, fêmeas devem ser castradas, já que os hormônios ovarianos podem interferir no controle da glicemia pela insulina.
Animais com a doença controlada podem viver bastante, apesar das possíveis complicações.
“É importante ficar atento aos principais sintomas como sede excessiva, aumento da quantidade de urina e do apetite e perda de peso. Quanto antes for descoberta a doença, melhores serão os resultados do tratamento”, afirma a veterinária Camila Canno Garcia, da Petz.