Após uma petição com 60.622 assinaturas pedir o fim da matança de cães de rua, autoridades de Constança, na Romênia, prometeram desenvolver um programa de controle animal para a cidade.

Neste mês, representantes da World Animal Protection se reuniram com o vice-prefeito Babu Dumitru e com a vice-diretora do controle da população de cães, Cristina Itoafa, e entregaram o documento. “Eu me importo com os cães de rua de Constança, Romênia. Existem formas melhores de gerenciar esse problema do que apenas capturá-los e matá-los”, dizia trecho da petição da ONG, endereçada ao prefeito, Decebal Făgădău.

Segundo a World Animal Protection, o plano de manejo humanitário de cães previsto incluirá regulamento que será apoiado por um novo departamento para cães de rua do município, uma campanha de esterilização gratuita para animais com tutores, divulgação dos métodos identificação por micro-chipagem, a mudança do período mínimo de permanência de cachorros em abrigos de 14 para ao menos 30 dias e a reabertura do abrigo público em até seis meses, e um programa de adoção amplamente divulgado, para garantir que os animais sejam realojados, e não mortos.

O vice-prefeito também prometeu implementar programa de educação nacional sobre guarda responsável e a colaborar com as organizações de proteção animal locais.

“Existem mais de 700 milhões de cães no mundo e muitos são comumente bem tolerados pelas comunidades. Entretanto, podem surgir conflitos entre esses animais e seres humanos, o que pode pressionar os governos para a remoção dos cães.  Infelizmente, muitos governos acabam adotando métodos cruéis de eliminação como envenenamento, tiro ou eletrocussão. Além de serem métodos totalmente antiéticos e cruéis, são ineficazes e não controlam estas populações de forma efetiva e sustentável. Existem métodos consagrados e simples, como vacinação, esterilização, identificação e educação em guarda responsável que são éticos, aceitos por todos e que podem salvar a vida desses animais, das pessoas e de toda comunidade”, afirma Rosângela Ribeiro, gerente de Programas Veterinários da World Animal Protection no Brasil.

Segundo a ONG, apesar do grande número de cães de rua mortos a cada ano, a população desses animais na cidade não vem sendo reduzida.