Conselho estabelece regras para mutirão de castração em SP

Os mutirões de castração têm como objetivos o controle da população animal –e consequentemente a redução do abandono–, além de preservar a saúde dos bichinhos. Mas, para que tudo isso aconteça com segurança, os envolvidos nas campanhas devem adotar medidas técnicas, que vão de planejamento e ambientação à higiene.
Uma resolução assinada no último dia 14 pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo regulamenta as cirurgias no Estado.
Segundo o assessor técnico médico-veterinário do Conselho, Leonardo Burlini, a ideia é facilitar o entendimento dos profissionais e de outros envolvidos nos mutirões sobre necessidades técnicas, que incluem materiais esquipamentos, como balança para pesar do animal e medicamentos de emergência.
“Como isso não estava explícito, muitas vezes os colegas não colocavam no projeto. Era o que já se exigia, mas agora regulamentou para que não fique dúvida”, disse.
A resolução prevê, entre outros pontos, necessidade de estrutura física mínima para os procedimentos. Alem de salas pré-cirurgia a e pós-operatório, também pede área específica para esterilização dos equipamentos e paramentação da equipe.
Os agendamentos, por exemplo, precisam respeitar horários distintos para cães e gatos.
Para realizar um mutirão, o organizador precisa submeter o projeto ao Conselho, com ao menos 60 dias de antecedência.
Entre maio do ano passado e o começo deste mês, foram apresentados cerca de 80 projetos, mas aproximadamente 25 foram aprovados, de acordo com o assessor técnico. Os demais foram devolvidos para readequações.
Em caso de descumprimento das regras, o veterinário pode ser submetido a processo pelo Conselho, e os outros envolvidos podem responder a outros órgãos.
“É a saúde do animal totalmente em jogo. Se submetido a procedimento inadequado, o animal pode ter uma infecção, por exemplo”, diz Burlini.