Pantuque, cão que mobilizou 18 advogados, vai para centro de comportamento animal

Lívia Marra

Pantuque, o cachorro que mobilizou um grupo de 18 advogados para evitar que fosse encaminhado à eutanásia, agora está sob custódia de um centro especializado em comportamento animal, na Bolívia.

O caso se arrasta desde agosto, quando o shar-pei atacou um garoto de 11 anos e a mãe dele. A família diz que o menino precisou ficar internado e que o cão é reincidente —já teria mordido outra pessoa na rua. Por isso, pediu sua morte.

Pantuque ficou confinado em um abrigo em La Paz. Sua tutora foi detida sob acusação de omissão —considerado inédito, nesse contexto, no país.

O caso gerou comoção. Advogados se uniram para evitar a eutanásia de Pantuque e alegaram que o ataque ocorreu em legítima defesa.

Agora, autoridades locais concordaram que o cão fique sob custódia do centro de comportamento animal Kamuk, por prazo indeterminado.

Ali, Pantuque passará por avaliações —como testes psicológico e de temperamento— para avaliar a melhor forma de reinserção à família ou reabilitação.

Em comunicado na terça (21), o centro informou ter instalações adequadas para hospedar o cachorro e equipe preparada para avaliar o caso.