Shar-pei denunciado por agressão corre risco de eutanásia e mobiliza advogados; tutora é detida

Lívia Marra

O caso de um cachorro que pode ser encaminhado à eutanásia na Bolívia tem provocado polêmica e mobilizado advogados e ativistas.
A tutora foi detida nesta semana, e o shar-pei Pantuque, também chamado de Patu, está em um abrigo em La Paz desde agosto.

Ele foi denunciado por atacar um garoto de 11 anos e a mãe dele. A família das vítimas, que pede a eutanásia do animal, afirma que o menino precisou tomar diversos pontos e ficar internado.

A jornais locais, o pai da criança diz  que cachorro é reincidente e que, dias depois, mordeu uma mulher na rua.

A tutora disse ter  custeado o tratamento, o que teria sido negado pelos denunciantes. Ela foi  presa sob  acusação de omissão —considerado inédito, nesse contexto, no país.

O caso gerou comoção. No total, 18 advogados se uniram para evitar a morte de Pantuque.

Pelas redes sociais, mensagens publicada a partir de vários países —como Argentina, Chile e México— se solidarizam a Patu. Geralmente são fotos de cachorros —e até de gatos— acompanhadas com os dizeres “força, Patu” e “estamos com você”.

A Justiça deve analisar o caso, que agora ganha mais um ponto a ser investigado: o pai do garoto ferido afirma  ter recebido ameaças por telefone após a denúncia.