Seu cão te ama, e não é por causa da comida, indica estudo

Lívia Marra

Cães podem amar as pessoas, e não só pela comida que recebem delas, indica estudo conduzido pelo neurocientista Gregory Berns, da Universidade de Emory, em Atlanta.

Em entrevista ao “The New York Time”, o especialista diz que teve a ideia de colocar animais em aparelhos de ressonância magnética, para saber o que pensam e sentem, ao ver um cão policial atuando em um helicóptero, na missão de matou Osama Bin Laden.

Para ele, se os militares conseguiam treinar os animais para entrar em helicópteros barulhentos, seria possível colocá-los também na máquina.

Isso tudo porque seu pug, Newton, havia morrido um ano antes. O neurocientista ainda pensava muito no bichinho, e queria saber se havia sido amado pelo cachorro ou se a relação era movida pela comida.

Desde 2012, 90 cães foram treinados e submetidos à ressonância –não eram sedados ou forçados a ficar na máquina.

Em um dos experimentos, os animais às vezes ganhavam salsichas e outras vezes, elogios. A reação cerebral foi igual, para a maioria.

Porém, a reação foi mais forte aos elogios do que à comida para 20% dos cães.

À publicação Berns afirmou que, para ele, os estudos servem para repensar a forma como muitos animais são tratados.

A pesquisa detalhada é mostrada no livro “What It’s Like to Be a Dog” (Como é ser um cachorro) –não lançado no Brasil.